Commodities

Ouro pode desafiar marca de US$ 1.800 em meio a novos surtos

24 jun 2020, 11:32 - atualizado em 24 jun 2020, 11:32
Ouro
O ouro deu um salto neste ano em meio à redução dos juros pelo Federal Reserve e outros bancos centrais (Imagem: REUTERS/Edgar Su)

O ouro está perto de ultrapassar US$ 1.800 a onça, marca difícil de ser superada, e potencialmente avançar rumo à sua cotação recorde, quando novos surtos de coronavírus ameaçam a recuperação econômica global.

Os futuros chegaram perto do nível visto pela última vez no fim de 2011, ano em que o metal precioso atingiu sua máxima histórica. A demanda pela commodity sobe com o aumento dos casos de Covid-19 em vários países.

Autoridades municipais e estaduais em epicentros nos EUA avaliam desacelerar ou reverter os planos de reabertura, enquanto a União Europeia avalia se deve proibir a entrada de americanos no bloco quando as fronteiras externas forem reabertas.

O ouro deu um salto neste ano em meio à redução dos juros pelo Federal Reserve e outros bancos centrais, enquanto governos injetaram trilhões em estímulos para resgatar economias afetadas pela pandemia.

A preocupação com a desvalorização cambial e avanço da inflação aumenta a demanda de investidores por ouro. As posições em fundos de índice vinculados ao ouro subiram para um recorde, aumentando quase 600 toneladas em 2020.

“O ouro tem sido impulsionado pelo dólar americano mais fraco nos últimos dias e aumento do número de novos casos de corona”, disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, em nota. “Não é de surpreender que investidores estejam buscando refúgio em uma reserva de valor como o ouro.”

O ouro para entrega em agosto subiu 0,8%, para US$ 1.796,10 a onça na Comex, o nível mais alto desde 2012. Os contratos futuros atingiram US$ 1.923,70 em setembro de 2011.

Com taxas de juros reais negativas nos EUA, bancos como o Goldman Sachs agora projetam que o ouro subirá para o recorde de US$ 2.000 em 12 meses.

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