Outra razão para o Fed segurar juros: Vendas no varejo dos EUA caem em outubro

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A ligeira queda de 0,1% nas vendas do varejo dos Estados Unidos, em outubro, é mais uma boa notícia para quem espera que o Federal Reserve (Fed) desista de aumentar a taxa básica de juros da maior economia do mundo. Ontem (14), o mercado já havia comemorado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de 0,02% em outubro – abaixo das expectativas e o menor desde setembro de 2021.

Agora, os dados do varejo divulgados nesta quarta-feira (15) mostram que, mesmo com a inflação baixa do mês passado, os consumidores não se animaram.

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Segundo a agência de notícias Reuters, as vendas no varejo são principalmente de mercadorias e não são ajustadas pela inflação. Esse dado, combinado à desaceleração do crescimento do emprego e dos salários, levou os economistas a concluir que o atual ciclo de aumento de juros do banco central dos EUA chegou ao fim.

Fed pode até cortar juros nos próximos meses, dizem analistas

A Reuters informa que os mercados financeiros estão até mesmo prevendo um corte nas taxas em maio próximo, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. Desde março de 2022, o Fed aumentou sua taxa de juros overnight de referência em 525 pontos-base para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.

A queda nas vendas no varejo ocorreu após meses de grandes ganhos e pode ser um sinal de que os consumidores estão sentindo as taxas de juros mais altas, com a maioria das famílias de baixa renda dependendo de cartões de crédito para financiar as compras depois de esgotar o excesso de poupança acumulado durante a pandemia da Covid-19.

Mas o Bank of America Institute disse em um relatório que ainda não havia sinais de que a retomada do pagamento de empréstimos estudantis estivesse afetando negativamente os gastos.

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Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, as vendas no varejo aumentaram 0,2% em outubro. Os dados de setembro foram revisados para cima, mostrando que o núcleo das vendas no varejo aumentou 0,7%, em vez dos 0,6% informados anteriormente.

Com informações da Reuters.