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Para a XP, esta marca vai ser a alavanca de crescimento da Arezzo (ARZZ3)

17 mar 2022, 19:24 - atualizado em 17 mar 2022, 19:24
Arezzo
Os analistas apontam que a pandemia desencadeou uma tendência estrutural de “casualização das roupas de trabalho” (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Análise realizada pelos especialistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday, da XP, aponta a Reserva como uma das principais alavancas de crescimento da Arezzo (ARZZ3).

Isso porque as tendências do mercado de moda masculina estão se movendo a favor da marca de roupas. A XP cita como exemplo uma pesquisa da Neotrust, que mostra que os homens gastaram em média 30% a mais em vestuário que as mulheres em 2020.

Parte disso é reflexo da pandemia da Covid-19, que desencadeou uma tendência estrutural de “casualização das roupas de trabalho”.

Outros dois levantamentos, da Consumoteca e State of Fashion, traçaram o perfil de compra e apontam que o público masculino busca por “itens básicos, confortáveis e de alta qualidade a preços acessíveis”, o que em linha com o posicionamento da marca Reserva.

Marketing e “social selling”

Entre os pontos fortes da empresa, os analistas destacam, por exemplo, a estratégia de focar na experiência de compra visando fidelizar a clientela, oferecendo bebidas, revistas e conversas informais, por exemplo.

Além disso, após visitarem algumas unidades da Reserva, a conclusão foi de que a empresa tem um posicionamento competitivo de preço, estando na ponta inferior em relação às marcas globais e na ponta superior em relação às marcas locais.

Mesmo a premissa que impulsionou o surgimento da marca (“Seja você mesmo, mas nem sempre o mesmo”) é avaliada como uma “boa sacada” por parte dos fundadores, que souberam identificar que o público masculino se vestia majoritariamente da mesma forma.

“Tendemos a concordar com a suposição de Rony e Fernando de que o vestuário masculino é um mercado carente de opções e, de fato, acreditamos que a pandemia possa ter desencadeado um senso de moda mais forte para os homens”, dizem.

Arezzo masculina?

Os analistas avaliam a Reserva bem posicionada para ser uma das líderes do mercado de calçados masculinos, justamente pelos seus preços competitivo e expertise em social selling.

Além disso, a marca conta com a experiência da Arezzo na produção de calçados assertivos e de alta qualidade.

“Se assumirmos que a Reserva (ou AR&Co.) possa atingir uma participação de mercado de 15% (metade da Arezzo) em seu mercado endereçável (tênis masculinos A/B) até 2025e (e que os tênis masculinos A/B representem ~20% do mercado de calçados masculinos – o que vemos como subestimado), isso implicaria em um potencial sellout de quase R$ 450 milhões vindo apenas de calçados”.

“No entanto, é importante notar que este sellout não necessariamente se traduziria totalmente em receita, pois a marca deve desenvolver seu canal de franquias”, dizem.

A XP ainda afirma que a Arezzo se destaca como uma empresa com resiliência de vendas frente ao cenário macro difícil, sólido histórico de entregas e diversas opcionalidades de crescimento orgânico e inorgânico.

Por isso, a corretora manteve a recomendação de compra e ajustou o preço-alvo para R$105,0/ação, graças ao aumento de custo de capital.

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Jornalista paulistana formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e editora do Money Times. Passou pelas redações da CNN Brasil e TV Globo como produtora, VOCÊ S/A e VOCÊ RH como repórter e Exame.com como redatora estagiária.
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