América Latina

Para Banco do México, queda das commodities complica a vida dos emergentes

24 abr 2020, 7:49 - atualizado em 24 abr 2020, 7:50
Banco de México
O banco central mexicano vai realizar sua reunião regular de política monetária em 14 de maio apesar do corte excepcional de juros desta semana (Imagem: Flickr/Banco de México)

O presidente do banco central do México, Alejandro Diaz de León, afirmou em uma entrevista na quinta-feira que a queda dos preços de commodities vai dificultar que países dos mercados emergentes adotem fortes planos de estímulo fiscal como os implementados em economias desenvolvidas.

O Banco do México apresentou cerca de 31 bilhões de dólares em suporte para o sistema financeiro e cortou os custos de empréstimos na terça-feira para ajudar a economia a enfrentar a pandemia do coronavírus.

Na quarta-feira, o presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou que o governo aumentará os gastos em programas sociais e projetos de infraestrutura em 25,6 bilhões de dólares. A medida foi criticada por alguns como muito pequena e muito tardia em comparação com pacotes de estímulo em países desenvolvidos.

“A pressão que economias emergentes sentiram devido à queda dos preços de commodities, em particular o petróleo, reduz o espaço de manobra um pouco”, disse Diaz de León, referindo-se à política fiscal e de dívida do governo.

Ele destacou a importância de manter as finanças públicas sustentáveis, mas disse que o banco central respeita a estratégia do governo.

O banco central mexicano vai realizar sua reunião regular de política monetária em 14 de maio apesar do corte excepcional de juros desta semana, e continuará a avaliar a situação e tomar medidas conforme considerar necessário, disse Diaz de León.

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