R$ 2,5 por ação: Para Safra, Itaú (ITUB4) deve ter mais uma engorda de dividendos; veja quantos bilhões podem pingar
O Itaú é uma unanimidade entre os papéis da bolsa. Bem tocado e entregando o que promete, o banco sempre arranca suspiros de analistas por onde passa. Mas a grande dúvida esbarra no preço.
No ano, ITUB4 salta 43% e renova máximas históricas. Até onde pode ir o bancão? Nos cálculos do Safra, a R$ 49 em 2026, abrindo um potencial de alta de cerca de 23%.
“Embora a avaliação deixe menos espaço para decepções à medida que se aproxima de 2,0x P/VP (preço sobre valor patrimonial), não esperamos que o Itaú entregue nada diferente de sua tradicional execução de excelência”.
Os analistas Daniel Vaz, Maria Luisa Guedes e Rafael Nobre elevaram o preço-alvo e reiteraram a recomendação de compra.
Eles também chamam atenção para os impressionantes níveis de lucratividade que o banco tem conseguido manter: 24% no Brasil e 25% no consolidado, ao ajustar o CET1 (índice de capital principal exigido pelo Acordo de Basileia) pelo limite de gestão de riscos de 11,5%.
“Mesmo sem expectativa de redução nos investimentos voltados ao fortalecimento do posicionamento do negócio, ainda há amplo espaço para ganhos de eficiência, e estimamos que o índice de eficiência atinja 35,8% até 2030”.
Segundo o trio, considerando apenas as metas de longo prazo apresentadas no Itaú Day — incluindo dobrar a carteira de crédito —, o índice poderia cair para 30%, gerando expressivo upside para os níveis sustentáveis de ROE (retorno sobre patrimônio).
Além disso, é preciso lembrar que o Itaú é um dos principais destinos de fluxos entre as alternativas de ações brasileiras. Ou seja: se o mercado brasileiro está para peixe, o banco é o salmão.
Itaú: dividendos como cereja do bolo
Mas não é só a alta do papel que pode trazer retorno ao investidor. Com lucros e mais lucros e um caixa recheado, o banco pode pagar mais uma rodada de dividendos adicionais.
Os analistas afirmam que, considerando a iminente implementação no Brasil de uma retenção de 10% na fonte sobre dividendos mensais acima de R$ 50 mil (a partir do próximo ano), o conselho do Itaú deve avaliar declarar e pagar dividendos antes do fim de 2025.
Segundo os cálculos, o banco deve pagar R$ 22,5 bilhões em dividendos até 2025, um aumento significativo em relação aos extraordinários R$ 15 bilhões anunciados em 2024.
E não para por aí: o Itaú vê possibilidade de anunciar um programa de recompra de cerca de R$ 4 bilhões para manter o buffer de capital e demonstrar sua robusta geração de caixa.
No total, isso representaria R$ 2,5 por ação, equivalente a um dividend yield de 6%.