Mineração

Paralisação global de aéreas atinge mineradoras de ouro

17 abr 2020, 14:19 - atualizado em 17 abr 2020, 14:19
Ouro
Produtores normalmente se utilizam de voos aéreos comerciais para transportar o metal extraído (Imagem: Unsplash/@sharonmccutcheon)

O colapso nas viagens aéreas comerciais em meio a restrições globais durante a pandemia de coronavírus fez uma vítima inesperada: mineradoras de ouro que precisam transportar o metal para refinarias.

Produtores normalmente se utilizam de voos aéreos comerciais para transportar o metal extraído – chamado doré – de operações remotas para empresas especializadas que separam os metais preciosos e os transformam em barras ou moedas.

Esse transporte se torna cada vez mais difícil com a grande quantidade de aeronaves globais aterradas, incluindo cerca de dois terços da frota de jatos de passageiros, segundo a Cirium, uma provedora de dados do setor aéreo.

“Normalmente, o doré é transportado em aviões comerciais, por isso a busca de caminhos alternativos para levá-lo às refinarias no mundo todo”, disse Tom Palmer, diretor-presidente da Newmont Mining, maior mineradora de ouro do mundo.

A Newmont compete para garantir slots para seus embarques no pequeno número de voos comerciais restantes, disse Palmer em entrevista na quinta-feira.

“O outro trabalho consiste em identificar como podemos fretar aeronaves – como trabalhamos com outras empresas para formar uma equipe e compartilhar uma carga fretada.”

A Newmont, com sede em Greenwood Village, no Colorado, que produz mais de 6 milhões de onças de ouro por ano, também enfrenta interrupções de refinarias, incluindo paralisações no início deste mês na Suíça.

A mineradora tem um acordo com a Perth Mint, da Austrália, para potencialmente aceitar metal extraído de operações que a instalação normalmente não atende, incluindo o ativo de Merian no Suriname, a cerca de 16 mil quilômetros de distância, de acordo com Palmer.

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