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Participação de investidores no mercado imobiliário atinge mínima histórica, mostra FipeZAP

13 maio 2025, 7:30 - atualizado em 12 maio 2025, 15:51
imoveis residenciais - fipezap
Mercado imobiliário: Participação de investidores recua em 2025 (Imagem: Bigc Studio/Canva Pro)

O mercado imobiliário brasileiro está se tornando menos atrativo para os investidores. De acordo com o Raio-X FipeZAP, a participação deles entre os compradores de imóveis caiu para 31% no primeiro trimestre de 2025 — a terceira queda consecutiva —, atingindo seu menor nível histórico.

Esse declínio reflete uma diminuição no apetite por ativos imobiliários, tendência já observada pelo levantamento em trimestres anteriores.

A pesquisa apontou que a preferência por alugar imóveis para gerar renda se manteve predominante, com 67% dos investidores optando por essa estratégia, enquanto 33% buscaram lucro com a revenda dos ativos.

Entre as transações realizadas com o objetivo de investimento, o interesse pela locação de imóveis atingiu, em fevereiro de 2025, o maior patamar registrado pela pesquisa: 80%. Apesar disso, esse percentual recuou para 75% em março.

A intenção de compra também apresentou queda no 1T25: Apenas 35% dos respondentes da pesquisa declararam interesse em adquirir um imóvel nos próximos três meses, abaixo da média histórica de 38%.

Na prática, esse dado reflete um cenário de maior cautela no mercado, com os consumidores sendo mais criteriosos ao tomar decisões, especialmente em um contexto de juros elevados, que também têm impacto significativo, afastando investidores que buscam retornos mais atrativos e tornando o financiamento mais caro.

Quando analisada a preferência por tipos de imóveis, 52% dos potenciais compradores indicaram interesse pelos usados, enquanto 40% se mostraram indiferentes. Já 8% buscaram exclusivamente os novos.

Com relação aos objetivos da compra pretendida, a maioria (85%) deseja adquirir um imóvel para moradia.

Expectativas de preços no mercado imobiliário

Quanto aos preços, a percepção de 73% dos entrevistados é de que os valores dos imóveis estavam “altos ou muito altos” no primeiro trimestre de 2025.

Já a avaliação “razoáveis” foi mantida por 17%, enquanto 3% dos respondentes classificaram os valores como “baixos ou muito baixos”.

Para os próximos 12 meses, 43% dos entrevistados acreditam em um aumento nos preços, um pequeno avanço em relação aos 41% do primeiro trimestre de 2024. A expectativa média é de uma alta de 3,2%.

Descontos nas negociações

Outro dado relevante é o pequeno aumento no percentual de transações com descontos. Em março de 2025, 66% das operações envolveram alguma redução no preço, um pequeno avanço em relação aos 64% registrados em dezembro de 2024.

O valor médio desses descontos manteve-se em torno de 10%, indicando um equilíbrio nas negociações entre compradores e vendedores.

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.