Economia

Enquanto o blockchain prometia, o Pix entregou, diz Nobel de Economia

23 jul 2025, 14:55 - atualizado em 23 jul 2025, 14:55
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(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, afirmou em artigo publicado nesta terça-feira (22) que o Brasil pode ter “inventado o futuro do dinheiro” ao criar o Pix.

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Em sua coluna no Substack, ele elogia a iniciativa brasileira e a compara a sistemas dos Estados Unidos, destacando a eficiência, a inclusão financeira e os custos reduzidos do modelo nacional — características que, segundo ele, os americanos estão longe de alcançar.

Enquanto o blockchain prometia, o Pix entregou:

No texto, Krugman crítica a postura do Congresso americano, que na semana passada aprovou leis para incentivar stablecoins e para proibir o Federal Reserve (Fed) até mesmo de estudar a possibilidade de criar uma moeda digital.

Segundo o economista, a resistência dos congressistas americanos é motivada pelo poder da indústria financeira, que teme a concorrência de um sistema público eficiente, além da ideologia de desconfiança do governo.

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“Outros países podem aprender com o sucesso do Brasil. Mas a América provavelmente continuará presa por interesses estabelecidos e fantasias cripto”, afirmou.

Pix alcança 93% da população e desbanca cartões

De acordo com o economista, a experiência brasileira mostra que é possível oferecer à população um sistema digital, público e barato para transferências financeiras.

Ele compara o Pix a uma versão pública do Zelle — sistema operado por bancos nos EUA —, mas com uso muito mais fácil e massivo.

Atualmente, o Pix já é utilizado por 93% dos adultos no Brasil, segundo Krugman, superando o dinheiro em espécie e os cartões como meio de pagamento.

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Um relatório do FMI citado por ele reforça os números: pagamentos por Pix levam em média apenas 3 segundos para serem concluídos, contra dois dias para débito e até 28 dias para crédito.

Além disso, os custos para comerciantes são muito menores. Enquanto o Pix cobra 0,33% do valor para empresas, as taxas de débito nos EUA giram em torno de 1,13% e de crédito, 2,34%. Para pessoas físicas no Brasil, o Pix é gratuito.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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