Internacional

Paul Krugman diz que política tarifária de Trump pode empurrar EUA para uma recessão — mas dólar não será substituído

26 jun 2025, 12:56 - atualizado em 26 jun 2025, 12:56
tarifas-donald-trump-eua-dolar-paul-krugman
(Imagem REUTERS/Dado Ruvic/Imagem ilustrativa)

O economista americano Paul Krugman, considera que os Estados Unidos podem ser empurrados para uma recessão devido a política tarifária do presidente Donald Trump.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vencedor do equivalente ao Prêmio Nobel de Economia em 2008, Krugman vê as medidas de Trump como um enorme retrocesso, capaz de fazer a inflação disparar. Em evento anual da Anbima, o economista afirmou que o mundo passa pelo momento de maior incerteza dos últimos anos.

Krugman acredita que o aumento dos preços decorrente das tarifas será repassado aos consumidores e que ainda é cedo para observar os efeitos da política. O economista disse que o processo inflacionário leva tempo, como demonstrado durante a pandemia.

“Leva tempo para um navio sair de Xangai e chegar aos EUA, e mais ainda para chegar a Roterdã. Mas há evidências de um pico de inflação na economia americana em breve”, disse Krugman durante o Anbima Summit 2025, que ocorreu nesta quarta-feira (25), em São Paulo.

O especialista ainda afirmou que não vê o mundo todo passar por uma crise da globalização, mas sim por uma crise da liderança dos EUA como comandante do sistema internacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dólar

Em relação ao dólar, Krugman destacou que a desvalorização global de 10% simboliza a perda da confiança dos investidores internacionais, já que as tarifas deveriam ter elevado a moeda. O cenário foi comparado ao padrão de economias emergentes, como Brasil e Argentina.

Apesar do momento de incerteza, o economista descartou a possibilidade do dólar ser substituído no cenário internacional por outra moeda, já que a Europa é fragmentada e a China tem um controle mais rígido de capitais. 

Segundo Krugman, nem mesmo as criptomoedas — que avançam com o regulamento das stablecoins — devem ser capazes tornar hegemônicas nas transações globais. “O dólar ainda é especial, de um jeito que os EUA talvez não sejam mais”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar