Payroll: Estados Unidos encerra 2023 com menos empregos, mas ultrapassa estimativas

De acordo com o relatório de emprego (payroll) divulgado hoje (05) pela Agência de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos, o país criou 216 mil vagas de trabalho em dezembro de 2023. Segundo o FactSet, a estimativa era de 160 mil.

Os analistas, de acordo com a Forbes, previam um cenário pior: taxa de desemprego de 3,8% e salários médios por hora aumentando 3,9%. O cenário foi melhor, o desemprego continua estável, a 3,7%, e o salário subiu 4,1% na base anual.

Os americanos agora recebem mais, uma média de US$ 34,27, ou R$ 167.68, e trabalham menos, 34,3 horas por semana.

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Apesar das notícias positivas em relação a dezembro, o saldo para 2023 não é tão bom assim. Em janeiro, o cenário era de uma taxa de desemprego de 3,4%, ou 5,7 milhões de desempregados, enquanto para o final do ano o número é de 6,3 milhões.

Os setores que mais tiveram contratações foram o governamental (+52.000), assistência médica (+38.000), assistência social (+21.000) e construção (+17.000).

Por outro lado, transporte e armazenagem diminuíram o número de contratações. Ambos apresentaram uma queda de 23.000.

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O desemprego afeta mais ainda os jovens. Para aqueles entre 16 e 19, a porcentagem chega em 11,9. Também, o cenário é pior para negros ou afro-americanos (5,2% estão desempregados) e hispânicos ou latinos (5%).

O futuro para o Fed

A projeção para o Federal Reserve (Fed) é que a taxa de desemprego chegue a 4,1% até o final de 2024.

Como não houve uma melhora significativa nesse índice, as chances do Fed realizar cortes nas taxas de juros, esperadas para março desse ano, diminuem. O comitê deseja uma melhora nas taxas de desemprego para diminuir as taxas.

Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, “o resultado do payroll de hoje é positivo para a economia americana na ponta e entrega um bom início para o próximo ano, mas não tanto quanto a análise de manchetes pode sugerir”.

“Claro que a perspectiva de que o Fed iria cortar o juro em março vai perdendo probabilidade mediante a força, ainda que modesta, demonstrada”, completa.