Payroll: EUA surpreendem e criam 147 mil vagas de emprego em junho

Payroll mostra aceleração do mercado de trabalho norte-americano em junho. (Imagem: wingedwolf/Getty Images)

Siga o MT no WhatsApp

Os Estados Unidos (EUA) criaram 147 mil vagas de emprego em junho deste ano, mostra o payroll divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Departamento do Trabalho do país. A expectativa era de que seriam abertos 110 mil novos postos.

O payroll do mês passado também acelerou frente à leitura de maio, quando a economia norte-americana gerou 144 mil vagas — o dado foi revisado para cima.

O desemprego foi de 4,1% em junho, enquanto o número de desempregados fechou o mês em 7 milhões. A projeção do mercado para a taxa era de 4,3%.

• CONFIRA: Qual a carteira recomendada para o seu perfil de investidor? Simule com o Money Times as melhores opções de investimento para você

Já a taxa de participação da força de trabalho e a métrica emprego-população foram de 62,3% e 59,7%, respectivamente.

Em relação aos rendimentos, os ganhos médios por hora do trabalhador norte-americano, de US$ 36,30, subiram 0,2% na comparação mensal e avançaram 3,7% em relação ao mesmo mês de 2024.

O payroll de junho vai à contramão do relatório ADP, que registrou o fechamento de vagas de trabalho no setor privado no mês passado. Foram perdidos 33 mil postos de emprego, após um aumento de 29 mil em número revisado para baixo em maio.

Mercado de trabalho x juros

A aceleração do mercado de trabalho norte-americano reacende a incerteza sobre o momento em que o Federal Reserve dará início ao ciclo de afrouxamento monetário.

Leia também

Alimentos

A faca de dois gumes e o ‘imponderável risco’ para o mercado do boi, segundo o Itaú BBA

Internacional

EUA: Payroll forte reforça ‘compasso de espera’ do Federal Reserve nos juros

O presidente Jerome Powell já sinalizou que o banco central não tem pressa em cortar os juros e prefere aguardar novos dados econômicos antes de tomar qualquer decisão.

No início da semana, durante um fórum de bancos centrais, ele disse que a autoridade monetária provavelmente teria reduzido as taxas de juros este ano se não fosse pelas mudanças na política tarifária dos EUA.