Política

Pazuello afirma que fase crítica de falta de oxigênio em Manaus durou 3 dias e é acusado de mentir

19 maio 2021, 14:02 - atualizado em 19 maio 2021, 14:02
Pazuello alegou que soube do risco de desabastecimento de oxigênio apenas no dia 10 de janeiro, em uma reunião presencial com o governador e o secretário de Saúde (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou a fase crítica de desabastecimento de oxigênio durou cerca de três dias durante a crise sanitária em Manaus no início deste ano, levando parlamentares a acusarem-no de mentir.

O líder do MDB, Eduardo Braga (MDB-AM), questionou a declaração do ex-ministro, argumentando que o desabastecimento de oxigênio se prolongou por quase 20 dias.

Pazuello rebateu a afirmação do senador, valendo-se de dados sobre o estoque regulador da White Martins, empresa fornecedora do oxigênio.

Em outro episódio tenso da CPI, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), questionaram os dados do ex-titular da Saúde sobre o fornecimento de oxigênio ao Estado.

Pazuello alegou que soube do risco de desabastecimento de oxigênio apenas no dia 10 de janeiro, em uma reunião presencial com o governador e o secretário de Saúde.

O ministro também relatou reunião com a White Martins em Manaus, quando foram colocadas dificuldades logísticas grandes.

Ele aproveitou ainda para negar que tenha sido informado sobre os riscos relacionados aos estoques de oxigênio em conversa com secretário no dia 7 à noite.

O ex-ministro reiterou que a competência para fornecimento de oxigênio era do governo do Estado, mas argumentou que agiu imediatamente assim que soube do problema e tomou todas as medidas possíveis. Ponderou, ainda, que poderia ter agido antes se tivesse sido avisado com antecedência.

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