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PCAR3, GMAT3, ASAI3 e CRFB3: Qual supermercado vai se sair melhor no 4T22?

13 fev 2023, 18:16 - atualizado em 13 fev 2023, 18:19
Carrefour resultados
Carrefour deve reportar maior lucro entre os supermercados no 4T22 (Imagem: REUTERS/Eric Gaillard)

No quatro trimestre de 2022 (4T22), Assaí (ASAI3), Carrefour (CRFB3), Grupo Mateus (GMAT3) e GPA (PCAR3) devem reportar números “muito similares” aos apresentados no terceiro trimestre, em termos de margens operacionais, afirmam os analistas da Genial Investimentos. “Não existe ‘segredo'”, ressaltam.

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Com o volume da cesta média do consumidor em baixa, o preço de alimentos deve seguir como o principal condutor do crescimento de faturamento das supermercadistas no período.

Segundo Iago Souza, Nina Mirazon e Vinicius Esteves, da Genial, o formato de cash-and-carry, do setor atacadista, deve apresentar os maiores crescimentos. Contudo, deve-se ver uma inflexão positiva para o varejo.

O Carrefour inaugura a temporada de resultados do 4T22 dos supermercados, nesta segunda-feira (13). Depois, o Assaí divulga seu balanço em 15 de fevereiro, o Pão de Açúcar, no dia 27 do mesmo mês, e o Grupo Mateus em 8 de março.

Veja o que esperar dos supermercados no 4T22:

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Empresas/Números esperados Receita líquida (milhões) Lucro líquido (milhões) Ebitda ajustado (milhões) Margem Ebitda ajust.
Assaí R$ 15.960 R$ 315 R$ 1,134 7,1%
Carrefour R$ 28.553 R$ 403 R$ 1.903 6,7%
Grupo Mateus R$ 5.796 R$ 261 R$ 403 6%
Pão de Açúcar R$ 13.478 R$ -135 R$ 1.049 7,8%

Assaí

Os analistas da Genial afirmam que, dado o cenário competitivo para o varejo, o Assaí (ASAI3) deve continuar investindo em preço, priorizando volume em detrimento de margem.

Assim, a margem bruta deve ser de 16,7% no último trimestre de 2022, com uma pressão de -50 pontos base (bps) na comparação anual. Na base trimestral, é esperado um aumento de 40 bps devido a sazonalidade, com o 4T22 tradicionalmente mais forte.

O lucro operacional também deve ser pressionado, principalmente em função do número elevado de aberturas, aumentando as despesas pré-operacionais. No entanto, os analistas acreditam que parte dessas despesas serão diluídas pelo alto crescimento de vendas. É esperada uma margem Ebitda de 7,1%.

Já o lucro líquido deve recuar 40,2% na comparação com 2021, a R$ 315 milhões, levando a uma margem líquida de 2,0%, queda de 259 bps.

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Carrefour

Souza, Mirazon e Esteves, da Genial, esperam uma normalização do comportamento do consumidor B2B (negócio entre empresas) no quarto trimestre, passado os meses de deflação da categoria alimentar. Segundo eles, o movimento deve contribuir para o top line do Carrefour (CRFB3), principalmente com o Atacadão, que trabalha próximo ao setor transformador.

O cash-and-carry do grupo deve apresentar dinâmica similar ao terceiro trimestre, em termos de crescimento de receita e de margens. Os analistas estimam que o Atacadão reporte um faturamento bruto de R$ 20,7 bilhões e uma receita líquida de R$ 18,8 bilhões.

Em relação às margens, são esperados sinais de retomada ao patamar histórico, mas ainda com uma leve pressão na comparação anual. A margem bruta deve estar no patamar de 14,7% e a margem Ebitda ajustada de 6,8%.

Quanto ao segmento de varejo, o faturamento bruto deve ser de R$ 7,1 bilhões. “A performance deste formato deve ser impulsionada por um desempenho de duplo dígito no segmento não alimentar, que deve continuar a mostrando sinais de recuperação neste 4T22, com uma leve aceleração sequencial”, dizem.

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Em relação às margens, deve-se observar margem bruta “estável” na comparação anual, estimada em 23%. Já a margem Ebitda ainda deve ser pressionada pela incorporação das despesas do BIG, estimada em 4,4%, com leve recuperação sequencial, devido a maior diluição do impacto dessas despesas em relação ao último trimestre.

O grupo deve ter crescimento anual de 31,8% na receita líquida, atingindo R$ 28,5 bilhões, com margem bruta consolidada de 18,4%. O Ebitda ainda deve ter impacto de maiores despesas, com uma margem estimada em 6,7%.

Além disso, deve-se observar forte efeito de maiores níveis de despesas financeiras pressionando a última linha da empresa. O lucro líquido esperado é de R$ 403 milhões, queda de 63,7%, e a margem líquida é de 1,4%.

Grupo Mateus

O quatro trimestre do Grupo Mateus (GMAT3) deve confirmar a tendência observada ao longo de 2022, com faturamento bruto consolidado crescendo acima de 30%, afirmam os analistas da Genial. A receita bruta deve ser de R$ 6,8 bilhões.

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Para o atacado, o crescimento deve seguir similar ao trimestre anterior, a 33%, com expectativa de faturamento bruto de R$ 1,1 bilhão. O segmento de varejo deve manter a tendência de crescimento próximo aos 30%, com receita bruta estimada de R$ 1,9 bilhão.

Analisando a rentabilidade do grupo, espera-se uma queda da margem bruta. O lucro bruto deve atingir os R$ 1,3 bilhão e a margem bruta os 21,8%. Por outro lado, as despesas operacionais devem apresentar maiores diluições no trimestre.

A expectativa para o Ebitda é de R$ 403 milhões, com uma margem de 7%. O lucro líquido estimado é de R$ 261 milhões e uma margem líquida de 4,5%.

A maior surpresa positiva deve vir para a linha de capital de giro, com melhora da posição de estoques do grupo. Essa otimização deve ajudar na recomposição de caixa do grupo.

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Pão de açúcar

O GPA (PCAR3) deve fechar o quarto trimestre com crescimento de vendas em todos os formatos, sendo o posto de gasolina ainda o detrator de crescimento.

Com a abertura de 39 lojas no último trimestre do ano, o GPA deve apresentar faturamento bruto de R$ 5,2 bilhões.

Em termos de rentabilidade, a operação Brasil deve manter margens similares ao terceiro trimestre. Os analistas da Genial estimam lucro bruto de R$ 1,1 bilhão e margem bruta de 23,2%. Para o Ebitda, a expectativa é de lucro operacional de R$ 295 milhões e margem de 6%.

Em termos consolidados, GPA Brasil e Grupo Éxito devem registrar um prejuízo líquido de R$ 135 milhões no 4T22 e margem líquida de -1,0%.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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