Mercados

Perda de milhões: Por que Magalu (MGLU3) despenca na bolsa, apesar de perspectiva da Selic a 9%

15 abr 2024, 17:38 - atualizado em 15 abr 2024, 18:01
Magazine Luiza
A queda ocorre a despeito das leituras positivas da taxa terminal da Selic, hoje em 9% (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O Magazine Luiza (MGLU3) voltou a cair forte na sessão desta segunda-feira. O papel despencou 7,83%, a R$ 1,53.



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Segundo recorda Daniel Abrahão, sócio na iHUB Investimentos, trata-se da menor cotação desde novembro do ano anterior.

Além disso, acrescenta, a empresa viu seu valor de mercado diminuir em mais de R$ 700 milhões no dia de hoje, totalizando um decréscimo de R$ 10,4 bilhões no período.

A queda ocorre a despeito das leituras positivas da taxa terminal da Selic, hoje em 9%.

Para Abrahão, o tombo está relacionada a conjuntura dos juros futuros no Brasil, especialmente na parte longa da curva, que está sendo pressionada e precificada por uma valorização de 3% nos Treasuries Americanos, ou seja, juros americanos.

“Tal movimento é agravado pelo aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, o que tem contribuído para a trajetória ascendente de aversão ao risco”, argumenta.

Ele recorda ainda que o setor varejista brasileiro é particularmente sensível às flutuações da curva de juros.

Além disso, os juros curtos estão sendo fortemente influenciados pelas incertezas fiscais no país.

“No atual contexto, o mercado está reavaliando as projeções para a taxa de juros brasileira ao final deste ano. Enquanto alguns participantes acreditam que ela se estabilizará em 9%, outros vislumbram a possibilidade de alcançar 9,75%. Esse cenário de incerteza tem impactado diretamente a performance das empresas do setor, como evidenciado pelo recente desempenho do Magazine Luiza hoje”, completa.

Magazine Luiza deu a volta por cima?

Apesar do Magazine Luiza virar o jogo e registrar lucro de R$ 212,2 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), os analistas classificam o balanço da varejista como “misto”.

A contração nas vendas, diante de um ambiente desafiador para lojas físicas e e-commerce, foi o que deixou o mercado cético quanto aos resultados.

A dinâmica de vendas da companhia no 3P (varejista realiza todo o processo de venda e entrega) sustentou, em partes, as perdas no 1P (varejista vende para o marketplace, que vende e entrega).

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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