CryptoTimes

Pesquisadores sugerem que computadores quânticos estão a uma década de decifrar algoritmo do Bitcoin

26 jan 2022, 16:02 - atualizado em 26 jan 2022, 16:02
Computador Quântico
O estudante Mark Webber concluiu que os computadores quânticos terão de ser um milhão de vezes maior do que são atualmente, antes de conseguirem desvendar o algoritmo da rede Bitcoin (Imagem: Pixabay/TheDigitalArtist)

Conforme noticiado pelo Decrypt, um estudante de computação quântica calculou quanto tempo seria necessário para decifrar o algoritmo criptográfico de segurança da rede Bitcoin.

O estudante em questão é Mark Webber, que, junto de seus colegas do Ion Quantum Technology Group, da Universidade de Sussex, concluiu que os computadores quânticos terão de ser um milhão de vezes maior do que são atualmente, antes de conseguirem desvendar o algoritmo SHA-256 da rede Bitcoin. 

Segundo o Decrypt, a sabedoria popular acredita que a tecnologia de criptografia da rede é tão forte que seria necessário alguém tomar conta de 51% do poder de computação global da rede Bitcoin para comprometer o livro-razão.

No entanto, para cada transação registrada no livro-razão do Bitcoin, é dada uma chave criptográfica, que fica vulnerável por um período de tempo finito.

De acordo com o Decrypt, caso haja poder de computação o suficiente – ou um computador quântico poderoso o suficiente – essa chave pode ser decodificada. 

O estudante Mark Webber acredita que o hacker tem uma janela de tempo de dez minutos para desvendar essa chave. Para isso, seria necessário ter um computador quântico de capacidade de 1,9 bilhão de cúbitos.

Caso a chave criptográfica fique vulnerável por mais de 24 horas, essa capacidade necessária é reduzida a 13 milhões de qubits.

Os computadores quânticos poderão decifrar o bitcoin?

Segundo o Decrypt, visto que o maior supercondutor quântico do mercado é o modelo de 127 qubits da IBM, parece que os computadores quânticos não apresentam uma grande ameaça à segurança da indústria cripto.

Na computação tradicional, a Lei de Moore aponta que a quantidade de transistores em um microchip dobra a cada dois anos, enquanto o custo dos computadores cai pela metade. 

Segundo o Decrypt, na computação quântica, é usada a Lei de Neven, que afirma que o poder de computação quântica passa por um “crescimento duplamente em relação à computação convencional”.

Desse modo, se um hardware de computação quântica melhora a uma velocidade exponencialmente mais rápida que um transistor regular, então, é possível que um dia, em teoria, ela desvende o código da rede Bitcoin.

Para o Decrypt, isso é somente uma questão de tempo, e o estudante Mark Webber acredita que isso será possível daqui uma década.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
Linkedin
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
Linkedin