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PetCamp chega a 80 lojas, mas quer mais 30 até 2025; alta da Selic pode ser oportunidade, diz CEO

19 nov 2024, 17:40 - atualizado em 19 nov 2024, 18:52
PetCamp
(Imagem: Divulgação)

Ainda fora da capital, a PetCamp, rede fundada em Campinas há quase 40 anos, avança pelo interior de São Paulo. A companhia inaugurou sua 80º loja, mas mira mais 30 até 2025, em meio ao avanço do mercado pet no Brasil.

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Em 2023, o setor faturou aproximadamente R$ 67,4 bilhões, crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Para 2024, a projeção é de um faturamento recorde de R$ 77 bilhões.

Atualmente, o país ocupa o terceiro lugar no ranking global do mercado pet, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, sendo responsável por 5,54% do volume mundial.

“Nosso foco é a expansão dentro do estado de São Paulo, especialmente nas cidades do interior. No futuro, planejamos entrar em outros estados, mas por enquanto, o objetivo é consolidar nossa presença em São Paulo”, disse Victor Leite, CEO da empresa, ao Money Times.

Apesar disso, o executivo diz que a prioridade não é entrar da capital, pelo menos por enquanto.

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“Campinas já é um mercado robusto, onde temos 11 lojas operando ao lado de grandes players, e comprovamos que o modelo da Petcamp funciona bem nesse cenário. Assim, sabemos que temos capacidade para atuar na capital, mas estrategicamente optamos por atacar primeiro o interior”, diz.

Investimentos da BR Partners

A companhia possui aporte de um fundo de investimento criado pelo BR Partner (BRBI11) em 2021. Chamado de FIP BR Partners Pet, o fundo pode chegar a R$ 100 milhões em cinco anos.

“O investimento está sendo alocado, principalmente para a ampliação da rede, que contava com 30 lojas em funcionamento há três anos e chegou a 80 em outubro”, afirma Jefferson Kasa, sócio e head de Investimentos do BR Partners.

Segundo ele, mais de 70% das unidades da PetCamp dão breakeven (nível de vendas ou produção em que a receita total se iguala aos custos totais) no primeiro mês. “É a companhia do setor pet que mais cresce hoje no país”, ressalta.

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Na avaliação de Kasa, esse mercado é atraente e tem um imenso espaço para consolidação. Ele explica que, nos Estados Unidos, 70% do varejo pet está nas mãos de três redes (Petco, PetSmart e PetSupplies), e concentrações semelhantes ocorrem na Europa. Já no Brasil esse percentual é de aproximadamente 15%.

Ele avalia, ainda, que o segmento está no mesmo momento de desenvolvimento que o de farmácias estava no ano 2000, quando começou o processo de consolidação.

“Vemos um ambiente atraente para os players sólidos, os quais poderão oferecer benefícios aos seus consumidores como maior identidade de marca e padronização, mais variedade de produtos e melhores preços, em função do ganho de escala, e melhor nível de serviço e experiência do cliente, devido aos investimentos feitos em tecnologia e profissionalização”, finaliza.

Selic pode atrapalhar?

De acordo com Leite, a alta da Selic, a taxa básica de juros, não atrapalha a expansão. Ele diz que a companhia está bem preparada para passar pelo aperto monetário, que pode chegar a mais de 13%.

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“Com a capitalização obtida através da parceria com a BR Partners, estamos nos preparando para o pós-crise. Atualmente, a Petcamp é uma empresa sem dívidas, o que nos protege contra impactos diretos da alta da Selic. Apesar de a crise afetar o consumo, a demanda por alimentação para pets continuará”.

O executivo afirma ainda que os juros podem ser até uma oportunidade, visto que os pequenos lojistas estão mais endividados.

“Grande parte do mercado, cerca de 80%, ainda está na mão de pequenos lojistas. Esse cenário pode abrir espaço para nossa expansão. Sabemos que, como em qualquer crise, haverá feridos e mortos no mercado, e estaremos prontos para absorver essas oportunidades”.

IPO, sonho distante?

Segundo o CEO, a companhia não vê um IPO (abertura de capital), pelo menos não no curto prazo. Atualmente, a Petz (PETZ3), que fechou fusão com a Cobasi para ocupar uma fatia de 11% do mercado pet brasileiro, acumula tombo de 74% desde a sua abertura, em 2021.

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“A abertura de um IPO é, essencialmente, uma forma de captar investimento do mercado para dentro da empresa. No caso da Petcamp, somos uma empresa saudável e geradora de caixa, com zero dívida. Hoje, nosso crescimento é sustentado internamente, sem a necessidade de recursos externos”, afirma.

Ainda segundo ele, se, em algum momento, “decidirmos acelerar o processo de expansão e houver demanda por mais capital, a entrada de novos investidores ou mesmo a abertura de capital via IPO será considerada”.

“Entretanto, esse não é um movimento urgente, dado o desempenho sólido e sustentável que temos atualmente. Estamos confortáveis com a saúde financeira e o desempenho da empresa dentro do plano de expansão atual”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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