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PETR4, PRIO3, RRRP3 e RECV3: A recomendação de analistas para as ações após saldo do 1T23

23 maio 2023, 14:51 - atualizado em 23 maio 2023, 14:51
Petrobras agro
Sobre a Petrobras, a XP menciona a forte geração de fluxo de caixa livre e os dividendos robustos (Imagem: Bloomberg)

A temporada de resultados do primeiro trimestre se provou positiva para produtoras de óleo e gás, avaliam analistas do mercado.

O Bank of America (BofA) destaca que a queda nos preços do petróleo no comparativo anual foram parcialmente compensadas pelo aumento da produção das empresas. Já a XP Investimentos diz que, apesar dos desafios macroeconômicos, as companhias dentro da cobertura da corretora têm apresentado bons resultados.

Pela leitura da XP, Petrobras (PETR4) e 3R Petroleum (RRRP3) superaram as expectativas, enquanto o balanço de Prio (PRIO3) veio mais em linha. Já a PetroReconcavo (RECV3) reportou números aquém do esperado.

Sobre a Petrobras, a XP menciona a forte geração de fluxo de caixa livre e os dividendos robustos. O BofA vê a estatal se mantendo sólida sob uma perspectiva operacional. Além disso, a política de dividendos se mantém inalterada por ora.

“No entanto, vale destacar que o conselho de administração instruiu a diretoria a preparar uma proposta para ‘melhorar’ a atual política de remuneração aos acionistas”, ressalta o banco norte-americano.

Devido à desvalorização do Brent e de um resultado financeiro menor, a Petrobras registrou lucro líquido recorrente de R$ 38 bilhões nos primeiros três meses do ano, queda de 14% em relação ao mesmo período de 2022.

Houve também maior despesa com imposto de renda (+R$ 2,9 bilhões), principalmente em função da ausência de créditos tributários ocorridos no quarto trimestre pela distribuição de dividendos do exercício de 2022 na forma de juros sobre capital próprio.

O lucro líquido atribuído aos acionistas foi de R$ 43 bilhões, queda anual de 13%.

Nesta última temporada de balanços, a petroleira estatal anunciou o pagamento de R$ 1,89 por ação em dividendos, ou R$ 24,6 bilhões.

Júniores

Em relação às petroleiras júniores, a XP comenta que um tema comum da temporada foi o impacto dos efeitos não recorrentes nas operações, especialmente relacionados a ativos recém-adquiridos, “demonstrando a dimensão dos desafios da integração de novas operações”.

Na avaliação da corretora, as empresas parecem mais focadas na eficiência operacional e no crescimento orgânico da produção, embora operações de M&A (fusões e aquisições) ainda sejam observadas.

“Os planos de desenvolvimento dos campos estão exigindo cada vez mais da gestão, e um planejamento adequado é fundamental para evitar impactos negativos nos resultados, já que a cadeia produtiva do setor ainda esta apertada”, afirmam Andre Vidal, head de Óleo, Gás e Petroquímicos, e Helena Kelm, analista de Óleo, Gás e Petroquímicos, em relatório divulgado no domingo.

Para o time de análise da XP, o setor de óleo e gás pode entrar em consolidação nos próximos períodos, abrindo caminho para novas oportunidades de crescimento inorgânico.

A XP tem recomendação de compra para as quatro ações mencionadas por ela – Petrobras, Prio, 3R Petroleum e PetroReconcavo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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