Petrobras (PETR4), Copasa (CSMG3) e disputa bilionária do Assaí (ASAI3); veja destaques do Money Picks
A Petrobras (PETR4) voltou ao centro das atenções com projeções mais ambiciosas do JP Morgan. O banco prevê produção de 2,6 milhões de barris/dia em 2027 e 2,8 milhões em 2028, acima das metas da própria companhia.
A ação foi um dos destaques do Money Picks desta segunda-feira (29), apresentado pela repórter Juliana Caveiro. O programa traz atualizações nas recomendações por parte dos analistas ao longo da semana.
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O banco recomenda compra para Petrobras, com preço-alvo de R$ 45. A aposta se apoia em uma produção sólida no pré-sal — estável até 2030 — e investimentos bem direcionados em campos estratégicos, como Búzios.
No cenário global, a produção offshore deve atingir 33 milhões de barris/dia até 2032, reforçando a posição da Petrobras como player relevante internacionalmente.
A Copasa (CSMG3) também foi um dos assuntos do programa. Desde agosto, as ações da companhia acumulam alta de 30%, impulsionadas pela PEC que facilita o processo de privatização da companhia mineira.
Apesar do entusiasmo inicial, os analistas alertam que o caminho ainda é longo: é preciso passar pelo plenário, definir o modelo de venda, regionalizar concessões e ajustar contratos regulatórios.
A Genial Investimentos vê a PEC como positiva, mas fixa preço-alvo em R$ 27, o que representa queda de 18% frente à cotação atual. O caso Eletrobras (ELET6) é citado como exemplo de demora: a privatização só saiu depois de anos de discussões.
Assaí x Pão de Açúcar
Outro destaque da semana foi a tensão entre Assaí (ASAI3) e o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). A varejista entrou na Justiça contra o Casino, antigo controlador do GPA, para evitar o pagamento de dívidas fiscais que podem chegar a R$ 10 bilhões.
Embora as empresas tenham se separado em 2021, a Receita Federal pode considerar que ainda fazem parte do mesmo grupo, o que poderia transferir o passivo para o Assaí.
No cenário otimista, o impacto seria de apenas 4% a 6% no valor de mercado; no pessimista, que analistas consideram improvável, chegaria a 22%.
As casas estão divididas: Itaú BBA e Ativa recomendam compra, enquanto JP Morgan mantém postura neutra. Até a decisão judicial, a ação deve seguir com maior volatilidade.
Embraer (EMBR3) volta alto
Fechando o programa, a recomendação bônus da semana foi a Embraer (EMBR3). A fabricante acumula alta de 38% em 2025, impulsionada por novos pedidos da Latam — até 74 aeronaves E2, confirmados em setembro, levaram a uma alta de mais de 4% nas ações.
Para o BTG Pactual, Embraer continua sendo a principal recomendação no setor de bens de capital, com ações negociadas a desconto superior a 10% frente a concorrentes internacionais.
O banco vê espaço para valorização: preço-alvo de R$ 104, cerca de 30% acima da cotação atual. A empresa integra a carteira das 10 melhores ações brasileiras do BTG.
Para mais detalhes sobre essas análises e para decidir se vale ou não colocar essas ações na sua carteira, acompanhe o Money Picks no canal do Money Times no YouTube.
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