Comprar ou vender?

Petrobras (PETR3) arranca 4,6% e renova máximas no ano; entenda os motivos e saiba se é hora de comprar

05 set 2023, 18:02 - atualizado em 05 set 2023, 18:02
Petrobras
Os sauditas prometem congelar a produção da commodity, com prorrogação do corte de produção em 1 milhão de barris por dia  (Imagem: Agência Petrobras)

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) arrancaram nesta terça-feira e fecharam em alta de 4,60%, a R$ 36,82, renovando as máximas do ano.

Já o papel preferencial (PETR4) subiu 3,35%, a R$ 33,37. A disparada acompanha a alta do petróleo, que saltou 1,17%, a US$ 90,04 o barril.

Os sauditas prometem congelar a produção da commodity, com prorrogação do corte de produção em 1 milhão de barris por dia até o fim do ano, enquanto a Rússia também fará o mesmo.

Em Moscou, a redução será de 300 mil barris por dia e também até o final do ano, lembra Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos.

De acordo com o analista João Abdouni, da Levante Corp, o mercado mudou a percepção e agora acredita que a empresa irá repassar boa parte da alta para os preços dos combustíveis. “Com isso, fica mais rentável, paga dividendos e ajuda a fechar o fiscal. Além disso, a empresa segue com valuation atrativo”, completa.

É hora de comprar Petrobras?

Mesmo assim, a Levante possui recomendação neutra para a estatal, enxergando maior potencial para as empresas privadas no setor, como Prio (PRIO3) e Cosan (CSAN3).

O BTG, que manteve a Petrobras em sua carteira recomendada de setembro, lembra que os riscos associados ao nome são menores hoje, e a decisão de aumentar os preços dos combustíveis há duas semanas diminuiu os riscos.

“Subestimamos os mecanismos de defesa oferecidos pelo estatuto melhorado da PBR, bem como a proteção da lei das empresas estatais (SOE)”, discorre.

Para o banco, a alocação de capital da empresa não pode ser facilmente mudada, protegendo os resultados financeiros, preservando seu balanço enxuto e melhorando a visibilidade de que os dividendos permanecerão mais fortes por mais tempo.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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