Petrobras (PETR4) cai 2% com corte de recomendação do Santander e ação da Sete Brasil no radar

As ações da Petrobras (PETR4) chegaram a cair 2,16% nesta segunda-feira (9) depois que o Santander rebaixou a recomendação para os papéis da companhia.
Também no radar dos investidores, há a notícia de que a estatal foi citada em ação movida pela empresa de sondas Sete Brasil, que atribui R$ 36 bilhões à causa.
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A Petrobras disse que as alegações são “improcedentes” e que não reconhece qualquer responsabilidade pelos prejuízos alegados.
Por volta das 12h, as ações preferenciais da estatal caíam 1,6%, a R$ 29,15, enquanto o petróleo tipo Brent subia 0,8%.
De modo geral, agentes financeiros também repercutem notícias sobre medidas para mudanças no decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O Ibovespa caía 0,9%.
O que diz o Santander
Analistas do Santander cortaram a recomendação das ações da Petrobras de “outperform” para “neutra”, atribuindo a decisão a uma situação financeira difícil estimada para 2025 e 2026, que pode se agravar ainda mais se os preços do petróleo recuarem nos próximos trimestres.
Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz estabeleceram preço-alvo da ação ON para o final de 2026 em R$38 — e para o ADR (recibo da ação negociado nos Estados Unidos) em US$13, conforme relatório a clientes com data de domingo.
“Com os preços do Brent (estimados) em cerca de US$65 o barril para 2025 e 2026, projetamos um dividend yield médio pouco atrativo de cerca de 10% para o período — considerando apenas dividendos ordinários, já que não esperamos que a administração alavanque a empresa para pagar dividendos extraordinários”, afirmaram em relatório a clientes.
Além disso, a equipe do Santander destacou que a quantidade significativa de projetos colocados em operação nos últimos trimestres, combinada com o descompasso entre sua política de dividendos e a geração de caixa efetiva, leva-os a estimar uma alavancagem bem acima da maioria dos concorrentes globais.
“Acreditamos que a administração está trabalhando em diversas iniciativas internas para melhorar o perfil do fluxo de caixa, incluindo ganhos de eficiência e racionalização de ‘capex/opex’, mas esperamos mais detalhes junto com o Plano de Negócios 2026-2030 no quarto trimestre de 2025 e vemos pouco espaço para reduções significativas de ‘capex’ no curto prazo.”
“Diante desse contexto, preferimos permanecer de lado, pois acreditamos que a Margem Equatorial e as eleições podem potencialmente movimentar as ações apenas em 2026 e aguardamos mais detalhes sobre o programa de austeridade e a direção estratégica da empresa”, acrescentaram.
*Com informações da Reuters