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Petrobras (PETR4) cobra 11% a mais por litro de gasolina do que preço de paridade

16 dez 2025, 11:48 - atualizado em 16 dez 2025, 11:55
dividendos petrobras
(Imagem: REUTERS/ Sergio Moraes)

Apesar de o petróleo ter acelerado sua trajetória de queda desde o começo de outubro, a Petrobras (PETR4) vem preferindo não alterar o preço dos combustíveis nas suas bombas. De acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço cobrado pela estatal pela gasolina nesta terça-feira (16) estava 11% mais caro (R$ 0,29) do que a média do preço de paridade de importação (PPI).

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Desde o início do atual mandato da atual presidente, Magda Chambriard, foi defendido que a estratégia da estatal seria proteger fatia de mercado — mesmo que isso significasse “abrasileirar” os preços. Agora, a estratégia pode ter mudado.

“Como a Petrobras está vendo que o preço petróleo em 2026 vai estar volátil, e volátil para baixo, me parece que a companhia vai tentar adiar ao máximo sua perda de receita”, diz Adriano Pires, sócio-fundador da CBIE. “A lógica mudou. Passa a ser segurar o máximo possível o faturamento”.

Hoje às 11h30, o preço do barril de petróleo WTI opera a US$ 55,64, no menor nível desde janeiro de 2021. E o consenso do mercado, por ora, sinaliza que a tendência deve ser a mesma no próximo ano.

“Com o petróleo a esse preço, a Petrobras vai ter dificuldade de fazer caixa. E a companhia tem dívida para pagar e investimentos a fazer”, diz Pires.

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A petrolífera fechou o terceiro trimestre de 2025 com uma dívida líquida de US$ 59,1 bilhões, número maior do que os US$ 44,2 bilhões de um ano antes. A Petrobras também prevê investimentos de US$ 109 bilhões entre 2026 e 2030.

Já há algum tempo, integrantes do mercado vinham alertando que o plano de investimento da estatal poderia encontrar problemas em um cenário de petróleo mais barato.

Além disso, Pires também destaca que a Petrobras também pode segurar reajustes para 2026 para trazer o impacto para mais perto das eleições presidenciais.

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Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
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