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Petrobras (PETR4): Gasolina pode subir de novo antes do que se pensa. Veja por quê

26 abr 2022, 18:11 - atualizado em 26 abr 2022, 18:11
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Salto à distância: defasagem da gasolina em relação ao exterior disparou em uma semana (Imagem: Divulgação/ Postos Petrobras)

O Banco Modal pode ter encontrado a resposta para uma das maiores perguntas de todos os brasileiros ultimamente: afinal, quando a Petrobras (PETR4) promoverá o próximo reajuste dos preços dos combustíveis?

Com o dólar voltando a disparar, pressionado pela perspectiva de que o Federal Reserve acelere o ritmo da alta de juros nos Estados Unidos para conter a inflação, e a já conhecida política de paridade com os preços internacionais adotada pela Petrobras desde o governo Temer, cresce a preocupação de que, em breve, as bombas dos postos de combustíveis exibirão novos – e mais salgados – valores.

Segundo o Banco Modal, o gatilho para os reajustes da Petrobras é a defasagem de um tipo específico de gasolina – a de octanagem 87. “As datas de reajustes pela Petrobras (trigger) são aderentes ao comportamento da defasagem da gasolina de octanagem 87”, afirma a instituição, em relatório distribuído aos clientes nesta terça-feira (26).

O banco acrescenta que sempre que essa defasagem supera os 10,04%, em média, a Petrobras promove um reajuste de preços. Esse padrão, segundo o Modal, se repete, pelo menos, desde abril do ano passado.

Defasagem preço gasolina Banco Modal
Gatilho: defasagem média de 10% no preço da gasolina detona altas da Petrobras há um ano, diz Modal (Imagem: Reprodução/Banco Modal)

Após a estatal aplicar uma alta de 25% no preço da gasolina e de 19% no diesel no começo de março, o que acarretou a queda de seu então presidente, Joaquim de Silva e Luna, a diferença em relação ao preço internacional recuou de 45% para 4%, considerado, na prática, uma situação de paridade.

Defasagem do preço da gasolina volta a subir

A distância chegou a quase zerar na semana passada, quando a defasagem da gasolina de octanagem 87 era de 0,4%, o equivalente a 1 centavo por litro. A diferença, contudo, abriu esta semana com um salto para 4,6%, ou 18 centavos por litro.

“Estes movimentos podem ser explicados principalmente pela depreciação cambial de 4,0% observada no período”, afirma o Modal. “Enquanto isso, os preços internacionais dos combustíveis mostraram variação baixa, a exemplo dos 0,18% na gasolina 87 e -0,23% no diesel.”

Se a alta do dólar é o principal responsável pela disparada da defasagem nos últimos dias, uma olhada para o comportamento recente do câmbio não anima. Nesta terça-feira (26), por exemplo, a moeda americana voltou ao patamar de R$ 5, em mais uma sessão de fortes ganhos que exigiram nova intervenção do Banco Central, o que ajudou a aplacar a alta e levar a moeda a R$ 4,9899 no fechamento.

Ainda assim, o dólar à vista saltou 2,32% e terminou no maior valor desde 18 de março (R$ 5,017), última vez que encerrou acima de R$ 5.

Na cotação máxima, foi a R$ 5,0003, valorização intradiária de 2,53%. Na mínima, ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,05%, a R$ 4,8794.

Com Reuters.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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