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Petrobras (PETR4): Governo arrecadou R$ 1,4 trilhão com a estatal em 10 anos, diz BBI

18 maio 2022, 11:22 - atualizado em 18 maio 2022, 11:26
Petrobras
BB diz qeu mudanças na política de preços da empresa podem impactar negativamente as contas fiscais do Brasil. (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O governo arrecadou R$ 1,4 trilhão em impostos e dividendos da Petrobras (PETR4) entre 2011 e 2021, disse o Bradesco BBI em relatório desta terça-feira (17).

O valor foi cerca de 15 vezes maior do que o obtido por acionistas minoritários, que receberam R$ 94 bilhões em dividendos.

Credores arrecadaram R$ 176 bilhões em juros acumulados no mesmo período, segundo o BBI – duas vezes o que foi arrecadado pelos acionistas minoritários em dividendos.

“Os acionistas minoritários foram os que menos se beneficiaram das operações da Petrobras nos últimos 10 anos”, argumentam os analistas do banco.

Segundo eles, acionistas praticamente não obtiveram ganhos de capital no período, já que as ações da companhia tiveram desempenho inferior ao Ibovespa em cerca de 50%, e ficaram abaixo do preço do Brent e do CDI em 150%.

Petrobras, política de preços e dividendos

O cálculo do BBI é divulgado em um momento de forte pressão sobre a Petrobras por conta da alta do preço dos combustíveis, que seguem o mercado internacional.

Os analistas do banco argumentam que mudanças na política de preços da empresa podem impactar negativamente as contas fiscais do Brasil, com menores dividendos e impostos futuros recebidos.

Para eles, o prêmio de risco atribuído pelos investidores para alocar dinheiro ao Brasil pode aumentar, implicando em custos crescentes para bens e serviços em geral.

Outras ações podem ser tomadas para mitigar os aumentos dos preços dos combustíveis para os consumidores, dizem.

“Por exemplo, em 2022, o governo aumentará cerca de R$ 120 bilhões em impostos da Petrobras devido aos preços mais altos do petróleo e à atividade econômica mais forte, parte da qual poderia ser usada para políticas temporárias de bem-estar social relacionadas à energia”.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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