Giro do Mercado

‘Petrobras (PETR4) não tem boas experiências com ampliação de investimentos, sobretudo nos governos do PT’, diz especialista

27 fev 2025, 13:28 - atualizado em 27 fev 2025, 13:28

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Os resultados da Petrobras (PETR4) no quarto trimestre de 2024 (4T24) abalaram o mercado nesta quinta-feira (27), com as ações da empresa operando em queda de mais de 4% por volta das 13h20.



Para Pedro Rodrigues, sócio da consultoria CBIE e especialista em óleo e gás, a empresa registrou piora em todos os índices, sobretudo no Capex (investimento de capital).

“Eu destacaria negativamente o Capex, que foi 15% maior que o esperado. Esse ponto é importante porque no passado, principalmente nos governos do PT, a Petrobras não teve experiências muito boas quando aumentou o Capex. Podemos dizer que a companhia não teve disciplina de capital”, disse Rodrigues, em entrevista ao Giro do Mercado.

Onde a Petrobras (PETR4) errou?

O especialista lembra que a Petrobras antecipou investimentos em determinadas áreas que vão gerar receita no futuro, como o pré-sal.

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Entretanto, além desses segmentos, a empresa gastou dinheiro com iniciativas que têm pouca transparência de retorno financeiro e geram incertezas sobre a motivação política.

Para Rodrigues, é o caso do investimento significativo realizado em refino, gás e energia, etanol e fábricas de fertilizantes.

“Os questionamentos surgem em um momento em que o presidente Lula anunciou, junto com a Petrobras, o retorno da companhia na indústria naval nacional”, afirmou.

Segundo o analista, o modelo já se provou equivocado no passado, quando a Petrobras contratava incentivos à indústria nacional utilizando seus recursos para contratar serviços e produtos mais caros, com o objetivo de dar mais retorno político do que financeiro.

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Rodrigues também ressaltou como ponto de atenção a queda nas vendas. Nas estimativas no CBIE a prática de vender combustíveis sem seguir a paridade de preços internacionais (PPI) custou cerca de R$ 10 bilhões no ano.

“Política de preços da Petrobras se tornou pouco transparente e nada previsível”, afirmou

O especialista ainda reforçou que o momento é de incertezas, com os próximos resultados sendo decisivos para que o mercado entenda se o que ocorreu no 4T24 foi atípico ou se a administração da empresa está indo por um caminho prejudicial. Para assistir ao programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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