Petrobras (PETR4): Nova política de dividendos agrada o mercado?

A Petrobras (PETR4) divulgou a tão esperada nova política de remuneração a acionistas na noite de sexta-feira (28). A companhia anunciou que vai distribuir 45% de seu fluxo livre de caixa em dividendos, ante a política anterior de distribuição de 60%, segundo fato relevante divulgado ao mercado.

A estatal também confirmou a manutenção da distribuição trimestral de remuneração aos acionistas.

A nova política supera por pouco as expectativas do analistas, que avaliavam um pagamento de 40% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos.

O Goldman Sachs destaca que os 40% equivalem ao que os pares internacionais pagam. Em relatório divulgado na última semana, analistas do banco apontam que a companhia já havia sinalizado que a nova política iria de encontro com “o que outras grandes empresas de petróleo estão fazendo”.

Mudança já no 2T23?

Para a XP Investimentos, a estimativa é de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 0,90 por ação) a serem declarados, “com riscos de alta para esse número devido aos atuais baixos níveis de alavancagem da Petrobras”.

O Santander também chegou a avaliar que a Petrobras pagaria dividendos equivalentes a 40% do seu fluxo de caixa, já a partir do segundo trimestre de 2023, fechando o ano com um dividend yield de 13%.

Mesmo com o corte nos dividendos, analistas do Santander estão confortáveis com as estimativas para a Petrobras, com projeções de rendimentos de fluxo de caixa de 26% e 20% e um dividend yield de 13% e 9% para 2023 e 2024, respectivamente.

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De acordo com o banco, isso implica que pelo menos uma parte do risco político já está precificada.

Segundo o Goldman Sachs, se baseasse as políticas da Petrobras no que outras grandes companhias petrolíferas estão fazendo, a estatal poderia pagar mais US$ 3,9 bilhões em dividendos junto com os resultados do segundo trimestre em agosto e US$ 3,5 bilhões com os resultados do terceiro trimestre em outubro.

A Petrobras divulga em 3 de agosto seus resultados do segundo trimestre de 2023. A companhia já deu uma prévia do que esperar na temporada, com produção de 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia totais de petróleo e gás no período, o que representa queda de 0,6% ante o mesmo intervalo do ano passado.