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Petrobras (PETR4): O que esperar dos dividendos e balanço, após produção do 3T23?

27 out 2023, 12:23 - atualizado em 27 out 2023, 12:23
Petrobras
BTG Pactual disse que continua a acreditar no pragmatismo da empresa. (Imagem: Agência Petrobras)

Após a divulgação de dados de produção da Petrobras (PETR4), analistas voltaram a falar na possibilidade de a empresa anunciar o pagamento de dividendos bilionários, apesar das recentes preocupações com a política da empresa.

A estatal produziu 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed) totais de petróleo e gás no terceiro trimestre de 2023, alta de 8,8% ante o mesmo período do ano passado. A companhia classificou os números como bons, com a produção média de óleo, LGNe gás natural alcançando 2.877 Mboed.

Para o Goldman Sachs, a empresa teve um desempenho operacional forte, o que corrobora, segundo o banco, para um balanço forte no terceiro trimestre. O banco destacou que projeta Ebitda 16% acima do consenso da Bloomberg.

O Itaú BBA disse que um Ebitda de US$ 14,5 bilhões (devido aos preços mais elevados do petróleo, à produção e aos números de vendas) deve permitir um pagamento de dividendos de US$ 3,9 bilhões – que implica um rendimento de 4,1% -, o que estaria em linha com a política da empresa.

“A Petrobras está revisando seu guidance para a produção de petróleo e gás, e espera-se que este seja divulgado junto com o resultado do terceiro trimestre”, disse o banco em relatório assinado por Monique Greco e equipe. O anúncio pode ser um gatilho positivo para as ações, destacou.

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Pragmatismo da Petrobras

O BTG Pactual disse que continua a acreditar no pragmatismo da empresa e afirmou que vê a Petrobras distribuindo pelo menos uma parte do excesso de caixa gerado, de acordo com relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte.

A avaliação é feita tendo em vista também a proposta do conselho de administração de alterar o estatuto, que aumentaria, na avaliação do mercado, a flexibilidade na retenção de lucros e a possiblidade de nomeação de pessoas politicamente expostas para funções executivas.

“Prevemos receitas líquidas de US$ 26 bilhões, Ebitda de US$ 13,9 bilhões e lucro de U$ 4,9 bilhões, que deverão ser convertidos num pagamento de dividendos de US$ 3,5 bilhões, um rendimento de 3,6%”, disse o banco.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.