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Petrobras (PETR4) perde R$ 32 bilhões de valor de mercado; CEO diz que quem vendeu, vai se arrepender

09 ago 2025, 12:53 - atualizado em 09 ago 2025, 12:53
presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em 27052024
(Rafael Pereira / Agência Petrobras)

As ações da Petrobras reagiram negativamente aos números do segundo trimestre de 2025 (2T25), com repercussão negativa também dos dividendos aquém do esperado. No pregão de sexta-feira (8), PETR4 caiu 6,15%, enquanto PETR3 recuou 7,95%.

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Com isso, a companhia perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado, configurando a maior perda em um dia desde 15 de maio de 2024, quando o então CEO, Jean Paul Prates, deixou a companhia.

O valor de mercado da estatal recuou de R$ 442,1 bilhões para R$ 410,2 bilhões. O mercado reagiu ainda à decisão da Petrobras de voltar ao setor de distribuição, seis anos após ter saído da área com a venda da BR Distribuidora.

A decepção dos investidores impactou o desempenho do Ibovespa (IBOV), que caiu 0,45%, aos 135.913 pontos. Sem a Petrobras, o índice teria subido 0,39%.

No 2T25, a estatal reportou um lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no segundo trimestre, em um período marcado por um aumento da produção de petróleo, mas também por um recuo do preço do petróleo Brent no mercado global.

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O resultado reverteu um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no mesmo período do ano anterior, que havia sido impactado por fortes efeitos tributários e cambiais.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de US$ 10,2 bilhões no período, 1% acima do consenso. Apesar do resultado sólido, o pagamento de dividendos ficou em US$ 1,5 bilhão (yield de 1,8%), aquém do consenso de US$ 2 bilhões.

Petrobras: quem apostar contra vai perder dinheiro?

Para Margda Chambriard, CEO da petrolífera, quem apostou contra a Petrobras irá perder dinheiro. Durante participação em evento no Rio de Janeiro na sexta, Chambriard avaliou que a empresa mostrando capacidade de geração caixa e reiterou o trabalho que vem sendo feito sob sua gestão.

Para ela, quem vendeu sob o susto do retorno à distribuição e pessimismo com os resultados, vai se arrepender.

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O mercado digeriu com os resultado a aprovação à volta da atividade nos segmentos de refino, transporte e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP, gás de cozinha), pelo conselho de administração da estatal.

Segundo fato relevante enviado ao mercado, a Petrobras prevê primeiramente a expansão na distribuição de GLP, a integração com outros negócios no Brasil e no exterior e a oferta de soluções de baixo carbono aos clientes.

Apesar de Chambriard defender a intenção da empresa de voltar ao setor de distribuição de gás de cozinha, especialistas de mercado desaprovam a iniciativa. Durante teleconferência com analistas, a executiva enfatizou que o atual tamanho da Petrobras se deve à visão de integração e à busca por sinergias, o que explica a decisão de voltar ao setor.

“Somos uma empresa que nasceu integrada do poço ao posto. Diante de um produto que vai ter uma produção crescente, e se for um bom negócio para a companhia com uma atratividade adequada, por que não exercer mais essa sinergia?”, questionou.

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“Vemos a medida sob uma ótica negativa”, afirma Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos. “Trata-se de um segmento com margens historicamente mais apertadas, o que tende a reduzir a eficiência da alocação de capital e pressionar o rendimento anualizado do caixa livre.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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