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Petrobras (PETR4) perde US$ 3,6 bilhões em dividendos quando segura os preços, calcula BTG

31 maio 2022, 13:33 - atualizado em 31 maio 2022, 13:33
Petrobras
Segundo a dupla, o que segura os investidores na ação da Petrobras são os gordos dividendos (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Investir na Petrobras (PETR3;PETR4) em meio ao período eleitoral e elevação dos preços de petróleo não parece uma boa ideia, afirma o BTG Pactual em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (31).

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O banco espera mais altas do petróleo diante das sanções à Rússia provocadas pela guerra na Ucrânia, pressionando ainda mais a administração da companhia.

Na segunda-feira (30), a ação da Petrobras voltou a sofrer em consequência das incertezas em meio à troca de comando da petroleira. 

De acordo com os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, separar a retórica das ameaças reais à política de preços está cada vez mais difícil.

Segundo a dupla, o que segura os investidores na ação da Petrobras são os gordos dividendos. Mas em um cenário de mudanças de preços, esse chamariz fica prejudicado, argumentam.

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Pensando nisso, o BTG traçou dois cenários para a Petrobras:

Petrobras não subsidia importação, mas vende combustível com desconto

O fato da Petrobras segurar os preços dos combustíveis, por si só, já prejudica os dividendos da companhia, ressaltam os analistas.

“A empresa ter reduzido as importações de combustíveis (50% desde outubro) e ter começado a dividir esse fardo com as distribuidoras de combustíveis fez uma grande diferença”, colocam.

Por conta disso, a empresa deixa “dinheiro na mesa”, gerando pressões nos lucros.

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“Estimamos, considerando o Brent à vista em US$ 120 o barril e o câmbio de R$ 5/US$, que a empresa está deixando US$ 6 bilhões (R$ 30 bilhões) de Ebitda, que mede o resultado operacional, na mesa para cada US$ 15/boe (barris de óleo equivalente) de desconto nos preços da gasolina e do diesel“, dizem.

Na prática, isso significa que US$ 3,6 bilhões em potencial de dividendos “evaporam” da Petrobras.

Petrobras subsidia importações 

Na visão do BTG, os ruídos em torno da política de preços e a disparada dos combustíveis elevou a possibilidade para uma mudança na Petrobras. Se isso ocorrer, os dividendos vão diminuir, alerta.

Eles lembram que o Brasil consumiu 508 kboe/d de gasolina e 971 kboe/d de diesel, enquanto produzia apenas 447 kboe/d (88% da demanda) e 751 kboe/d (77% da demanda), respectivamente.

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“Supondo que toda a diferença seja suprida por importações, que todas as importações de combustíveis sejam feitas pela Petrobras por um ano e preços do Brent em US$ 120/bbl, então o prejuízo incorrido pela empresa totalizaria US$ 1,5 bilhão para cada US$ 15/boe de desconto nos preços domésticos, ou menos US$ 0,92 bilhão em dividendos”, calculam.

Nesse cenário, eles estimam perda de Ebtida de US$ 7,5 bilhões e redução de US$ 4,5 bilhões em dividendos para cada desconto de US$ 15.

“Novamente, não achamos que um subsídio direto financiado pela empresa seja altamente provável, nem seria fácil de implementar. Mas acreditamos que as chances aumentaram”, argumentam.

A dupla conclui dizendo que com uma perspectiva que aponta para preços do petróleo ainda mais altos, levando a uma pressão ainda maior para manter os preços dos combustíveis inalterados, “preferimos jogar o setor com outros nomes e acreditamos que as ações da Petrobras permanecerão altamente voláteis de agora até outubro”.

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O BTG segue com a recomendação neutra para a ação.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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