Petrobras (PETR4) sobe mais de 3% após derrocada da véspera; o que impulsiona as ações?

Depois de um dia de forte queda, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) operaram em alta nesta terça-feira (10) na tentativa de recuperar as perdas. Os papéis também figuraram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV)
As ações ordinárias PETR3 encerraram a sessão com alta de 3,65%, a R$ 32,38, e as preferenciais PETR4 registraram avanço de 3,02%, a R$ 30,05 — sendo a ação mais negociada do mercado acionário doméstico, com mais de 46,1 mil negócios.
Ontem (9), as ações da estatal caíram mais de 2% pressionadas pelo rebaixamento da recomendação pelo Santander e pelo Bank of America (BofA). Os bancos cortaram a classificação de compra para neutra. Juntos, os papéis ordinários e preferenciais da estatal detêm cerca de 10,5% de participação na carteira do Ibovespa.
Já hoje (10), além da recuperação, a disparada dos papéis da petroleira está ligada ao desempenho do petróleo no mercado internacional. O contrato mais líquido do Brent, referência mundial, para agosto, chegou a subir mais de 1%, durante a sessão. A commodity perdeu força ao longo do pregão e fechou as negociações com queda de 0,25%, a US$ 66,87 o barril na Intercontinental Exchange (ICE).
Além de Petrobras, outras companhias do setor operaram em alta na bolsa brasileira. Prio (PRIO3) fechou com alta de 1,00%, a R$ 42,57; PetroReconcavo (RECV3) avançou 3,49%, a R$ 14,83 e Brava Energia (BRAV3) subiu 3,29%, a R$ 19,78. Acompanhe o Tempo Real.
O que impulsiona o petróleo hoje?
Considerado um dos “termômetros” do mercado para medir o apetite e aversão a risco dos investidores, o petróleo ganha força em meio a escalada das tensões geopolíticas.
Hoje (10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã está “muito mais agressivo” nas negociações nucleares. “O Irã está agindo de forma muito diferente nas negociações do que há poucos dias”, disse Trump em entrevista à Fox News. “Muito mais agressivo. É surpreendente para mim. É decepcionante, mas estamos marcados para nos reunir novamente amanhã. Veremos.”
Os investidores também acompanham o andamento das conversas entre os EUA e China, em Londres. Segundo a Reuters, os dois países concluíram as negociações comerciais, mas ainda não há detalhes sobre os resultados.
As tratativas entre as duas maiores economias do mundo aconteceram após uma conversa telefônica entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, na semana passada. No início de maio, os dois países concordaram em reduzir as tarifas recíprocas por 90 dias.