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Petrobras (PETR4) pode ter quase R$ 500 milhões de prejuízo em operação, vê TCU

05 fev 2024, 17:10 - atualizado em 05 fev 2024, 17:10
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O TCU identificou possíveis irregularidades no contrato, como falhas nas justificativas para a realização do negócio e a assunção de riscos pela Petrobras (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Tribunal de Contas da União (TCU), por meio do ministro Benjamin Zymler, solicitou explicações da Petrobras (PETR4) sobre um contrato firmado com a Unigel, que pode acarretar um prejuízo de quase R$ 487 milhões para a estatal.

O caso foi revelado pelo portal Poder360. O contrato, assinado em dezembro e voltado à produção de fertilizantes por encomenda nas fábricas da Bahia e de Sergipe, foi assinado em dezembro de 2023, tem um valor total de R$ 759,2 milhões e se refere às unidades de Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE).

O TCU identificou possíveis irregularidades no contrato, como falhas nas justificativas para a realização do negócio e a assunção de riscos pela Petrobras em um mercado desfavorável.

“[Há] diversos problemas verificados na qualificação dos riscos e na quantificação do valor econômico esperado das alternativas avaliadas”, afirma o documento do tribunal de contas.

O ministro afirma ainda que o contrato tem problemas em relação ao processo de decisão, e envolveu poucas pessoas, tendo sido aprovado por “apenas por um diretor e ter sido assinado por um gerente executivo a ele subordinado, sem a participação efetiva das demais instâncias superiores da Petrobras”, diz.

A análise do tribunal também questionou a viabilidade econômica do acordo, considerando a suspensão das atividades das plantas pela Unigel no segundo semestre de 2023.

Contrato é provisório, diz Petrobras

Em nota à imprensa, a petroleira afirma que a medida tem “caráter provisório que permite a continuidade da operação das plantas localizadas em Sergipe e Bahia (que pertencem à Petrobras)” por 8 meses.

“A companhia reitera que todos os contratos e projetos são elaborados e executados seguindo todos os padrões e requisitos de governança, hierarquia decisória e responsabilidade operacional da companhia”, afirma.

A estatal diz ainda que a parceria compactua com o ‘Plano Estratégico 2024-2028 da companhia quanto ao retorno à produção e comercialização de fertilizantes’.

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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