Petróleo

Petróleo dá ‘cavalo de pau’ impressionante e cai mais de 5%

30 ago 2022, 16:46 - atualizado em 30 ago 2022, 16:59
Petróleo
Petróleo encara sessão sangrenta, com percepção renovada sobre recessão (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O preço do petróleo está em derrocada nesta terça-feira (30), devolvendo todos os ganhos da segunda-feira.

Por volta das 16h40, as referências de petróleo WTI (americana) e Brent (internacional) caíam, respectivamente, 5,50% e 5,58%. 

O ‘cavalo de pau’ dos mercados e o fantasma da recessão

O medo de que uma recessão econômica abata o crescimento global no curto e médio prazo tinha saído um pouco do noticiário do petróleo, dando lugar para questões do lado da oferta,  como àquelas envolvendo o Irã, Arábia Saudita, a crise energética na Europa e, mais recentemente, Líbia e Iraque.

Hoje, contudo, é um ‘comeback’ do fantasma da estagnação econômica. Dados dos Estados Unidos mostraram uma economia que ainda esconde pressões inflacionárias em seu cerne, dando margem para ações mais agressivas do Banco Central norte-americano cujos efeitos colaterais se dão através da  supressão da demanda.

O aperto monetário mais amplo foi cantado também por Philip Lane, economista-chefe do Banco Central Europeu. O dirigente defende que o BCE deverá aumentar juros de maneira constante, sem ter medo da temida palavra com ‘R’.  Já hoje, as apostas são de um aumento de 0,75 p.p para a próxima reunião da autoridade monetária europeia, em setembro.

De quebra os mercados também ficam aflitos coma  divulgação do PMI chinês, haja vista a recente fragilidade da atividade econômica na segunda economia do mundo. O indicador sai ao fim da noite de hoje (horário de Brasília).

O ‘conjunto da obra’ que tinha sido preterido por um agitado noticiário envolvendo os produtores parece ter precipitado de uma só vez. A queda dos mercados pode ser sinal de uma nova percepção por parte dos investidores de que não há espaço para que o petróleo continue navegando a preços altos demais, sob o risco de retroalimentar as pressões inflacionárias contra as quais atuam hoje os Bancos Centrais mundiais.

A disputa entre os fatores da oferta e demanda continuará a ter desdobramentos nos próximos dias, quando a Opep+ anunciará o montante da produção para outubro. Cenas dos próximos capítulos.

Petrobras (PETR4) e petroleiras internacionais caem forte

A queda  do petróleo puxa consigo as ações das principais petroleiras do mundo.

Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL) caiu 0,58%. Em Nova York, às 16h40, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) perdiam, respectivamente, 3,82% e 2,46%.

A Petrobras (PETR4) opera em forte queda, próxima dos 5,80%.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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