Petróleo

Petróleo desaba 5% entendendo que BCs podem jogar mundo em recessão para combater preços elevados

23 set 2022, 13:14 - atualizado em 23 set 2022, 13:14
Petróleo
Petróleo tem sessão negativa, com temores de recessão no horizonte mais claros do que nunca (Imagens: REUTERS/Dado Ruvic)

O petróleo opera em forte queda nesta sexta-feira (23), com mercados repercutindo negativamente a batelada de decisões monetárias agressivas dos Bancos Centrais ao redor do mundo.

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Por volta das 13h, o WTI (referências americana) e o Brent (internacional) futuros recuavam, respectivamente, 5,68% e 5,34%. Navegando próximo dos US$86/barril, o Brent retorna ao mesmo preço que tinha no primeiro mês do ano.

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BCs podem jogar mundo em recessão

A sexta-feira encerra uma semana pesada de decisões monetárias.  A primeira delas ocorreu na quarta-feira, com o Federal Reserve aumentando em 0,75 pp. a taxa básica de juros dos EUA.

Ontem, foi a vez do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) impor um aumento de 0,50 pp, fazendo a taxa básica de juros do Reino Unido chegar a 2,25%, no maior patamar em 14 anos. Hoje, foi a vez do Banco da Suíça se despedir do paradigma de 7 anos de juros negativo.

Vale frisar que o Banco Central Europeu (BCE), ainda na semana passada, optou por um aumento de 0,75 pp.

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Uma após outra, e após um longo período de leniência, as economias desenvolvidas iniciam os ciclos de aperto monetário na finalidade de combater a inflação global. E se até meados de 2021 o possibilidade de uma recessão pós-pandêmica era frontalmente rejeitada, hoje os principais banqueiros já admitem essa consequência como um preço justo a ser pago para a queda dos preços.

A ação dos BCs compromete diretamente o consumo de energia, impondo pressão baixista sobre os mercados da commodity no curto e médio prazo.

A perspectiva de que as principais economias globais estacionem ainda em 2022 é potencializada pela guerra econômica entre Rússia e a União Europeia, com diversos países do bloco europeu ocidental se preparando para uma severa crise energética simultânea à chegada do inverno.

Petrolíferas internacionais têm forte queda

Em reação ao derretimento dos preços do petróleo, as ações das principais petrolíferas do mundo recuam.

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Em Londres, a Shell (SHEL) desaba 5,30%. Em Nova York, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) perdem, respectivamente, 5,38% e 5,35%.

A Petrobras (PETR4) operava em queda expressiva de 6,36%.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.