Economia

Petróleo e inflação externa estão afetando a balança comercial brasileira; entenda

03 ago 2022, 11:21 - atualizado em 03 ago 2022, 11:21
Exportações
A média móvel trimestral do superávit comercial recuou de US$ 46,4 bilhões em junho para US$ 39,2 bilhões em julho. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Em julho, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,4 bilhões. Foram US$ 29,9 bilhões em exportações contra US$ 24,5 bilhões em importações. Apesar do resultado positivo, ele veio abaixo da mediana das projeções do mercado de US$ 7 bilhões.

Com isso, a média móvel trimestral do superávit comercial recuou de US$ 46,4 bilhões em junho para US$ 39,2 bilhões em julho. Além disso, a balança comercial registrou uma queda de 22,7%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Na época, o superávit foi de US$ 7,4 bilhões.

De acordo com um relatório publicado pelo Itaú, o maior problema é externo – por mais que, com relação ao mês anterior, as exportações recuaram 0,9%, enquanto as importações subiram 2,4%.

“Apesar de toda a alta de preços de commodities observada ao longo de 2022, os termos de troca do Brasil (razão entre preços de exportação e importação) ficaram praticamente estáveis no ano. Isso porque, os preços de importação vêm subindo em função dos preços de petróleo e inflação externa mais elevados.”

De fato: além da inflação recorde na Europa, em junho, a inflação nos Estados Unidos subiu para 9,1% no acumulado de 12 meses e também atingiu o maior patamar em mais de 40 anos.

O país é o segundo maior parceiro comercial do Brasil – atrás apenas da China – e apresentou déficit de US$ -8,94 bilhões no acumulado dos primeiros sete meses do ano. O resultado foi puxado, principalmente, por um aumento no valor das importações: no período, as exportações cresceram 27,8% e atingiram US$ 20,93 bilhões, ante o crescimento de 52,6% que totalizou US$ 29,88 bilhões em importações.

“Para 2022, projetamos superávit comercial de US$ 68 bilhões, impulsionado pelo bom desempenho das exportações, mas com os resultados recentes, temos viés de baixa para essa projeção. As importações também devem terminar o ano em patamar mais alto (especialmente em função da alta de preços), mas a intensidade do aumento será menor”, afirma o Itaú, em relatório.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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