Mercados

Petróleo tomba quase 3% com escalada do dólar após a vitória de Trump

06 nov 2024, 10:22 - atualizado em 06 nov 2024, 10:30
Petróleo oriente médio
O petróleo opera em forte queda com pressão do dólar após a vitória do Donald Trump; divisa caminha para o maior nível desde março de 2020 (Imagem: iStock/vadimrysev)

Nesta quarta-feira (6), o petróleo interrompe a sequência de ganhos e operam em queda de mais de 2% nesta manhã, em meio ao fortalecimento do dólar com a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Por volta de 10h (horário de Brasília), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, operava em baixa de 2,06%, a US$ 73,46 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro caíam 2,90%, a US$ 69,92 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. 

O que derruba o petróleo hoje?

Os preços do petróleo caem, com a recuperação do dólar com o retorno de Trump à Casa Branca.

Em linhas gerais, uma divisa norte-americana mais forte torna o petróleo mais caro em outros países, o que pode reduzir a demanda pelo combustível — principalmente para os países emergentes.

O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, sobe mais de 1%. Mais cedo, o índice registrou máxima intradia com avanço de 1,95%, aos 105,441. Na comparação com o real, a divisa caminha para o maior aumento desde março de 2020  — no auge da pandemia de Covid-19. Acompanhe o Tempo Real.

Além da valorização do dólar, que pesa sobre os preços das commodities, a presidência de Trump pode ter políticas que podem pressionar ainda mais a economia chinesa, enfraquecendo a demanda do óleo no maior importador da commodity do mundo.

Em segundo plano, os investidores ficam atentos ao impacto da tempestade tropical Rafael no Golfo do México. A previsão de meteorologistas é de que a tempestade se fortaleça e se torne furacão ainda nesta semana. Analistas dizem que a tempestade pode reduzir a produção de petróleo em cerca de 4 milhões de barris.

Permanece também no radar, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) em adiar o aumento da produção da commodity.

*Com informações de Reuters 

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar