Mercados

Petróleo: Por que a Prio (PRIO3) está apanhando mais do mercado que a Petrobras (PETR4)

12 jun 2023, 18:14 - atualizado em 12 jun 2023, 19:44
Petrobras
Hoje a cotação do barril despencou 4,02%, a US$ 71,93. Mas por que, então, a Prio caiu mais? (Imagem: Andre Coelho/Bloomberg)

Prio (PRIO3) e Petrobras (PETR4) vivem cenários bens distintos na bolsa, pelo menos nas últimas cinco sessões. Enquanto a estatal disparou 11,76%, a petroleira júnior despencou 7,69% no mesmo período.

Fonte: Trade Views

Ambas as empresas estão expostas ao petróleo, que derreteu nos últimos dias, mesmo com o corte anunciado pela Opep.

Hoje a cotação do barril caiu mais 4,02%, a US$ 71,93. Mas por que, então, a diferença gritante entre as cotações das empresas?

João Abdouni, analistas da Levante, explica que enquanto a Prio precisa de um petróleo elevado para ter mais rentabilidade, a Petrobras consegue navegar bem com o petróleo entre US$ 65 e US$ 75.

“Como a estatal é mais eficiente e tem um custo de produção menor, consegue ter um bom ganho nessa faixa sem que o governo precise segurar na bomba o preço do combustível”, explica.

Ou seja, a commodity em um patamar não muito alto protege a estatal de possíveis intervenções.

JPMorgan recomenda compra

Mais cedo, o JP Morgan elevou a recomendação para as ações da Petrobras, de “neutra” para “overweight”, e aumentou os preços-alvo dos papéis PN e ON, de R$ 30,50 para R$ 41.

O banco, em relatório assinado por Rodolfo Angele e equipe, citou uma redução na percepção de risco e destacou os dividendos alinhados a pares globais.

“Embora a nova administração mude de estratégia, essas mudanças não são tão significativas, o que significa que a Petrobras permanece como uma ação subvalorizada gerando FCF (fluxo de caixa livre) substancial”, afirmaram os analistas.

A Petrobras paga R$ 0,875 por papel em dividendos sexta-feira (16). A data de corte, no entanto, foi em 27 de abril deste ano. As ações preferenciais da empresa subiam 0,36% hoje, a R$ 30,39.

Com Kaype Abreu

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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