BusinessTimes

Petrópolis, dona da Itaipava, patina (e Ambev pode aproveitar)

10 nov 2021, 18:35 - atualizado em 10 nov 2021, 18:35
Petrópolis Itaipava
A perda de mercado da Itaipava pode dar uma forcinha extra para a Ambev, diz o Credit Suisse (Imagem: Site/Petrópolis)

O mercado de cervejas segue concorrido, e qualquer patinada de uma das marcas é comemorada por rivais. Esse pode ser o caso da Petrópolis, dona da marca Itaipava e terceira maior empresa do segmento de cervejas. 

O Credit Suisse calcula que a companhia perdeu de 5% a 6% do mercado no ano. Segundo o banco suíço, falta inovação e adaptação a um ambiente diferente para a empresa.

A analista Marcella Recchia aponta alguns fatores que pesaram para essa queda: 

  • o aumento geral de preço de 10% em agosto;
  • menores investimentos, priorização da produção em Uberaba em função de benefício fiscal;
  • redução de produção para balancear melhor a oferta e a demanda;
  • a dificuldade na reposição de vidro também impactou a variedade de produtos;

Ambev pode ganhar com isso

Na visão da analista, as dificuldades da concorrente podem ser, tranquilamente, um impulso adicional para a Ambev.

“A temporada de verão tem dado sinais de que será positiva e temos notícias de que a Ambev já começou a terceirizar a produção de Skol e Brahma em função da maior demanda”, comenta.

No terceiro trimestre, o volume de vendas da fabricante subiu 7%. Entre os pontos que ajudaram a impulsionar esse número estão a inovação no portfólio mainstream (principalmente Brahma Duplo Malte), o maior nível de serviço (digital) e a desaceleração da Heineken nos produtos pouco rentáveis.

Petrópolis será vendida?

O quarto trimestre deve ser difícil para a Petrópolis em função de alguma limitação de despesas, prevê Marcella, o que aumenta a especulação sobre a venda da marca. Mas, por enquanto, não há nada que aponte para isso, afirma. 

“Nenhuma grande novidade com relação a possível venda de Petrópolis, mas as nossas conversas indicam que a empresa passou por um processo longo de auditoria para ficar mais acessível ao mercado e está discutindo potenciais parcerias de distribuição com players relevantes globais”, completa. 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.