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PetroRio (PRIO3) fecha 2021 em ritmo forte; ação está mal precificada, dizem analistas

16 fev 2022, 15:20 - atualizado em 17 fev 2022, 11:17
PetroRio PRIO3
A produção e as vendas de petróleo e gás da PetroRio atingiram os níveis mais altos já registrados no quarto trimestre de 2021 (Imagem: Divulgação/PetroRio)

A PetroRio (PRIO3) conseguiu entregar bons resultados, em balanço divulgado nesta terça-feira (15), fechando 2021 em ritmo forte, avaliam analistas da Ágora Investimentos.

Os números vieram em linha com as estimativas dos analistas, com a produção e as vendas de petróleo e gás atingindo os níveis mais altos já registrados, beneficiadas pela recuperação dos preços do petróleo.

Excluindo efeitos IFRS 16, a companhia registrou lucro líquido de R$ 894,2 milhões no quarto trimestre de 2021, o que representa um crescimento de 32% em relação a igual período de 2020.

A receita líquida total atingiu R$ 1,7 bilhão no trimestre, dobro dos R$ 880 milhões reportados um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do quarto trimestre chegou a R$ 1,2 bilhão, correspondente a um avanço de 166% na comparação ano a ano.

E daqui para frente?

Segundo o BTG Pactual (BPAC11), a companhia já avançou muito em questão de melhorias nas operações, mas tem mais ainda para acontecer. De acordo com o banco, o processo de transformação da PetroRio está só no começo.

Os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Bruno Lima, em relatório divulgado nesta quarta (16), destacam o compromisso da administração em iniciar a revitalização do campo de Frade e desenvolver logo depois o projeto Wahoo.

Além disso, eles enxergam novos potenciais de M&A (fusões e aquisições), que devem colocar a companhia em “outro patamar no futuro próximo” e proporcionar mais ganhos de eficiência de custos e crescimento na produção.

Em questão de dividendos, a Genial Investimentos acredita que o pagamento não deve acontecer tão cedo. Isso porque, mesmo com os números recordes do quarto trimestre, a companhia está em processo de aquisição das Albacoras (Albacora e Albacora Leste), operação que pode alcançar R$ 4 bilhões.

Ação não precificada

O BTG tem recomendação de compra para as ações da PetroRio, com preço-alvo de R$ 47. Na opinião do banco, o valor atual do papel não precifica direito o valor dos ativos atuais da companhia.

“Vemos o fraco desempenho da ação desde o início de novembro como não merecido”, afirmam os analistas.

“O movimento mais fraco inicialmente coincidiu com a escolha da empresa como licitante preferencial para Albacora e Albacora Leste. Achamos que os investidores estão esperando mais visibilidade na assinatura do acordo”.

PetroRio PRIO3
Analistas recomendam comprar PRIO3 (Imagem: Reprodução/PetroRio)

A Ágora também tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 24 (não incorpora potencial de geração de valor com a aquisição da Albacora). O rating leva em consideração alguns gatilhos de curto/médio prazo, como:

  • A divulgação do Relatório de Certificação de Reservas de Albacora no início do segundo trimestre de 2022;
  • Perfuração de um poço produtor e dois injetores durante a campanha de expansão do Frade em março;
  • Assinatura da Albacora no primeiro semestre de 2022.

Para o UBS BB, o upside da tese de investimento da empresa está mais limitado. O banco reconhece, no entanto, que o mercado ainda não precificou o potencial de aquisição das Albacoras.

Confiante de que a administração da PetroRio continuará entregando crescimento nos próximos anos, principalmente após o fechamento da transação e com o desenvolvimento da Wahoo, o UBS BB indica a compra da ação, com preço-alvo de R$ 40.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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