Coluna
Coluna da Roberta Scrivano

Piero Franceschi: “Não existe mais líder que não entende de tecnologia”

17 out 2022, 10:00 - atualizado em 14 out 2022, 14:12
Piero Franceschi, CMO e sócio da StartSe, plataforma de conhecimento com objetivo de formar lideranças no mundo de inovação e tecnologia (Foto: Divulgação/Ovo Comunicação)

Piero Franceschi é desde 2020 CMO e sócio da StartSe, plataforma de conhecimento da nova economia voltada para líderes, executivos e empresas. O objetivo da empresa é formar lideranças em um mundo em transformação tecnológica. “Não existe mais líder que não entende de tecnologia”, diz ele.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fundada em 2015, a StartSe é a primeira companhia brasileira que conecta empresas à era digital e suas inovações. Hoje, a empresa está presente em São Paulo, Estados Unidos, China, Israel e Portugal. Os alunos podem, inclusive, visitar as demais sedes e ecossistemas de negócios desses países.

Para ter um gostinho disso, a StartSe realiza entre amanhã (18) e quarta-feira (19) a SVWC Festival 2022, o maior evento de tecnologia e inovação da América Latina.

Entre os palestrantes, estão Steve Blank, maior referência de empreendedorismo mundial; a portuguesa Joana Carrasqueira, head of Community for Developer Relations no Google; João Branco, CMO do McDonald’s; e Pedro Sorrentino, brasileiro que fez história no Vale do Silício.

Na entrevista a seguir, Franceschi detalha os desafios de formar lideranças no país, as qualidades e carências dos líderes brasileiros e o ambiente de negócios, tecnologia e inovação nos últimos anos. Confira:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

1- Qual é o maior desafio de ensinar liderança a líderes?

Líderes se consolidam pela experiência do que fizeram. No caso, pelas escolhas certas que tomaram.

O desafio, então, é que muito têm que ser aprendido ou até desaprendido. É um processo complexo porque o líder precisa jogar coisas fora e abrir espaço para absorver novos comportamentos, atitudes, habilidades e competências.

2- Qual você diria que é a maior qualidade das lideranças brasileiras? E a maior carência?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lideranças brasileiras são valorizadas por empresas e investidores pela capacidade de serem criativos e resilientes. Criativos porque somos hábeis em achar soluções que não necessariamente foram testadas antes. Resilientes porque somos capazes de suportar períodos de turbulência, que não são incomuns no Brasil.

Já a carência do brasileiro, que é até um estereótipo nosso, é que falta precisão no planejamento. Fugimos dos detalhes e gostamos mais das ideias. Então, a disciplina pode ser um desafio para os líderes brasileiros.

3- Como você posiciona o ambiente de negócios e empreendedorismo no Brasil em relação ao resto da América Latina? E em relação ao mundo?

O ambiente de negócios no Brasil continua extremamente acelerado. O país é referência na América Latina em empreendedorismo da nova economia, tanto é que a maior parte dos unicórnios da região vem daqui. Por isso, não é exagero dizer que o Brasil continua bem posicionado em relação ao mundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que acontece é que o mercado mundial está em uma fase de reacomodação do fluxo de dinheiro e investimentos, especialmente por parte das venture capitals. Os fundos estão buscando teses um pouco mais estáveis do ponto de vista de rentabilidade. É uma tendência que acontece no globo e o Brasil acompanha.

4- Quais são as tecnologias que os líderes do futuro precisam ter em vista?

Os líderes do futuro precisam entender de tecnologia porque tudo está permeado por ela. Tecnologia não é mais departamento ou área em uma empresa. Chegamos a um ponto em que não existe mais líder que não entende de tecnologia.

Dentre as tecnologias que mais têm crescido e merecem atenção, há aquelas de profundidade como blockchain, criptomoedas e NFTs; e as de front, como metaverso, realidades mistas e alternativas. Mas o impacto dessas e outras, como algoritmos, machine learning e inteligência artificial, depende do segmento de atuação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

5- O que a retomada de grandes eventos presenciais, como a SVWC Festival 2022, significa para o ecossistema de tecnologia e inovação?

A retomada de eventos é importante porque é quando vários cases de sucesso são celebrados e ganham escala de notoriedade. Muitos acabam, inclusive, sendo conhecidos nesses espaços. Esses eventos também servem para inspirar outras pessoas a darem os próprios saltos de transformação.

Por fim, é também um momento para networking, afinal, negócios surgem de encontros que reúnem pessoas com interesses em comum. São nesses eventos que oportunidades são mapeadas e tangibilizadas. Em linhas gerais, a retomada fortalece o ecossistema de inovação, tecnologia e transformação.

Prêmio Os + Admirados da Imprensa!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Money Times é finalista em duas categorias do Prêmio Os + Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças. O site concorre na categoria Canais Digitais e com o jornalista Renan Dantas na categoria Jornalistas Mais Admirados. Deixe seu voto aqui!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar