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Pix nos Estados Unidos? Fed agiliza lançamento de serviço de pagamentos instantâneos; entenda

16 mar 2023, 16:16 - atualizado em 16 mar 2023, 16:16
Pix Estados Unidos FedNow
O “Pix americano”, chamado FedNow Service, começará na primeira semana de abril (Imagem: Unsplash/Robert Linder)

O Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve, anunciou nesta quinta-feira (16), em comunicado à imprensa, que o seu serviço de pagamento instantâneo irá começar a operar em julho deste ano.

Os preparativos para o lançamento do “Pix americano”, batizado de FedNow Service, começará na primeira semana de abril. O Federal Reserve iniciará a certificação formal dos participantes para o lançamento do serviço.

Os participantes do projeto irão concluir um programa de teste e certificação do cliente, informados pelo feedback do FedNow Pilot Program, para se preparar para o envio de transações ao vivo por meio do sistema.

“Com o FedNow Service, o Federal Reserve está criando um sistema de pagamentos de ponta que é resiliente, adaptável e acessível”, disse Tom Barkin, presidente do Federal Reserve Bank de Richmond e patrocinador executivo do FedNow Program.

“O lançamento reflete um marco importante na jornada para ajudar as instituições financeiras a atender às necessidades dos clientes por pagamentos instantâneos para melhor apoiar quase todos os aspectos de nossa economia”, complementa.

Entre os participantes, está a C&M Software, empresa brasileira que foi homologada pelo Federal Reserve. Inclusive, em paralelo, está preparando seu serviço de Pix parcelado no Brasil, anunciado pelo Banco Central do Brasil.

Como será o Pix dos Estados Unidos?

Daniela Machado, diretora global de marketing e produtos da C&M Software, comenta ao Money Times que espera uma grande adoção, em especial dos grandes bancos, do “Pix” dos Estados Unidos.

Ela conta que o lançamento estava marcado para agosto, mas ficou sabendo nesta quarta-feira (15) do adiantamento da solução.

A solução da C&M Software se trata de um sistema “white label” e poderá ser implementado de acordo com cada instituição de pagamento, segundo Machado.

Machado compara com o Pix, nessa questão, e diz que, provavelmente, será uma funcionalidade dentro do próprio aplicativo já existente da instituição.

Ela explica que, no primeiro momento, não será obrigatória a adesão da tecnologia. Entretanto, enxerga que os bancos irão embarcar em peso.

Conforme diz, os bancos e o Federal Reserve perderam grande parcela de dinheiro retidos no sistema com a criação de aplicativos para pagamentos instantâneos.

O movimento de aumento de interesse da população na tecnologia já era crescente, e foi justamente a criação de sistemas não vinculados ao Banco Central, como por exemplo CashApp, Paypal e outros, que satisfizeram uma parcela dela.

“Acredito que todos os grandes bancos irão fazer essa movimentação de entrar na primeira fase, o que é um movimento extremamente importante. Se o JPMorgan tem, é importante que o Wells Fargo tenha. Os menores teriam justamente que fazer essa integração”, diz.

Ela conta que ainda existem algumas definições de como funcionará a “chave Pix dos Estados Unidos”, e pode ser que fique a critério de cada banco.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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