Economia

Pix por aproximação: Banco Central lança nova funcionalidade em parceria com o Google

04 nov 2024, 14:38 - atualizado em 04 nov 2024, 15:21
pix
(Imagem: Marcello Casal/Agência Brasil)

O Banco Central lançou nesta segunda-feira (4) uma nova funcionalidade para o meio de pagamento Pix. Agora, os consumidores poderão fazer pagamentos por aproximação, ou seja, a transação acontece ao aproximar o celular da máquina de cartão.

A nova modalidade, regulamentada no início de agosto, foi lançada em parceria com o Google Pay. A sua implementação é obrigatória a partir de novembro, mas será feita de forma gradual até janeiro de 2026 — inicialmente estará disponível em instituições que realizarem 99% das operações de iniciação de pagamento.

A novidade já tinha sido confirmada por Roberto Campos Neto na semana passada. “Vamos lançar o pagamento por aproximação do Pix. Da mesma forma que você tem hoje no Google Wallet, onde encosta o cartão de crédito e paga, você vai poder fazer isso com o Pix”, disse em evento.

No evento desta segunda-feira, Campos Neto destacou que o Banco Central fez uma pesquisa sobre o comportamento dos usuários do Pix e cerca de 30% das pessoas que não usavam o meio de pagamento era porque precisavam entrar no aplicativo do banco para fazer pagamentos — dando preferência para os cartões, que já funcionam por aproximação.

Em outubro, o Banco do Brasil e a Cielo fecharam uma parceria para oferecer a função por aproximação em um projeto-piloto.

Neste caso, para pagamentos de até R$ 200, os correntistas do banco só precisam abrir o aplicativo, clicar em “Pix por aproximação” e realizar a autenticação. Já para valores superiores a R$ 200 é necessário a digitar a senha.

Sobre novas funcionalidades, Campos Neto aproveitou o evento do Google para adiantar que o BC está estudando uma nova funcionalidade para combater fraudes. “A gente está desenvolvendo essa nova funcionalidade que vai permitir o rastreamento, o bloqueio e a devolução de valores; isso a gente vai anunciar em breve”, disse.

Ele ainda completou dizendo que espera que o próximo presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, siga com a agenda de inovação tecnológica.

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Como funciona o Pix por aproximação

Ao realizar uma compra, o consumidor informa que vai fazer o pagamento via Pix e aproxima o celular desbloqueado na maquininha. Após o valor ser confirmado, basta digitar a senha ou liberar a biometria para finalizar o pagamento.

Para isso, é necessário um aparelho Android com tecnologia NFC e que o Pix esteja liberado na Carteira Google. As maquininhas também precisam estar habilitadas para receber pagamentos via Pix.

O Google já tinha uma parceria com o C6 e PicPay para realizar os pagamentos via Pix. A empresa aproveitou o evento para anunciar que a função também passa a valer para clientes do banco Itaú. A empresa não confirmou a funcionalidade para outros bancos e nem novas ferramentas, como o Pix parcelado.

Usuário do iOS, da Apple, ainda não têm acesso a essas funcionalidades.

(Imagem: Divulgação/Google)

Compras online com Pix

O Google também lançou uma funcionalidade de facilita o pagamento de compras online usando o Pix. Além da possibilidade de gerar um código que permite o pagamento dentro do aplicativo do banco, os usuários do Android terão acesso a um botão que permite pagar com Pix automaticamente.

No entanto, essa ferramenta é dentro de aplicativos. No caso de compras em sites, o usuário terá como acessar a Carteira Google, selecionar a conta de onde sairá o pagamento Pix e pagar sem precisar entrar no app do banco.

Banco Central libera o Pix Agendado

Desde segunda-feira (28), o Pix Agendado passou a ser obrigatório em todas as instituições financeiras e de pagamento. Antes, a oferta do serviço era facultativa, mas o Banco Central decidiu por mudá-la após a publicação da resolução em dezembro de 2023 e atualizada em julho deste ano.

Ainda que obrigatória, as regras estabelecidas pelo BC, por enquanto, seguem facultativas. As instituições terão até abril de 2025 para se adequar às normas e requisitos mínimos definidos pela autarquia.

A funcionalidade é muito parecida com o já conhecido débito automático, em que os boletos associados ao CPF e informações de conta da pessoa são agendados instantaneamente.

No entanto, o Banco Central avalia que, com a ajuda do Pix, os agendamentos de pagamentos ficarão mais acessíveis às pessoas.

“Para o usuário pagador, o Pix Automático trará ainda mais comodidade, oferecendo uma alternativa de pagamento recorrente sem fricções. Mediante autorização prévia, dada no ambiente seguro da conta pelo próprio dispositivo de acesso (celular ou computador), o usuário permitirá os débitos periódicos de forma automática, sem a necessidade de autenticação a cada transação”, explicou o BC em nota.

O Banco Central lembra que o Pix Automático não haverá cobrança de tarifa para pessoas físicas. Confira as regras aqui. 

*Com Juliana Caveiro

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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