Internacional

Plano de Hong Kong para reverter êxodo decepciona investidores

19 out 2022, 10:47 - atualizado em 19 out 2022, 10:47
John Lee
Ao apresentar seu plano para atrair talentos para a cidade, Lee disse que Hong Kong precisa ser “mais proativa e agressiva na competição por empresas e por talentos” (Imagem: Bloomberg)

O tão esperado plano de Hong Kong para atrair de volta talentos estrangeiros não convenceu os investidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em seu discurso inaugural na quarta-feira, o executivo-chefe de Hong Kong, John Lee, disse que cortaria impostos sobre propriedade para residentes não-permanentes e relaxaria regras de visto para reverter uma fuga de cérebros provocada por medidas isolacionistas contra Covid e uma repressão à dissidência política.

Seu discurso de quase três horas não abordou as restrições relacionada à pandemia até os momentos finais e, mesmo assim, não ofereceu detalhes sobre como a cidade emergiria das regras que ainda sujeitam quem chega a dias de testes, uso de máscara ao ar livre e uma proibição inicial de visitar bares e restaurantes.

Economistas e investidores ficaram decepcionados. O índice Hang Seng fechou em queda de 2,4% na quarta-feira. Um subíndice do setor imobiliário caiu 1,8% para o nível mais baixo desde 2011.

“O discurso político inaugural de John Lee não é um divisor de águas para o motor econômico enferrujado de Hong Kong”, disse Alicia Garcia Herrero, economista-chefe para Ásia-Pacífico da Natixis. “Os problemas estão identificados, mas apenas com soluções parciais.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Hong Kong enfrenta concorrência crescente de Singapura como centro regional para negócios e talentos globais, com uma probabilidade crescente de uma contração econômica pela terceira vez em quatro anos.

Ao apresentar seu plano para atrair talentos para a cidade, Lee disse que Hong Kong precisa ser “mais proativa e agressiva na competição por empresas e por talentos”.

Em uma coletiva de imprensa posterior, Lee reconheceu a decepção do mercado, mas se manteve otimista em relação a seus planos.

“Não devemos menosprezar a nós mesmos. Temos nossa vantagem”, disse. “Acho que está no nosso sangue, está no nosso DNA.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lee, que assumiu o cargo em julho, tem um caminho difícil pela frente.

A economia tem sofrido com as consequências das restrições de Covid, aumento de juros, inflação global e guerra na Ucrânia. Tudo isso afeta o crescimento. A força de trabalho caiu para mínimas de quase uma década à medida que a população envelhece e as pessoas vão embora. Um déficit público crescente também coloca em risco os gastos futuros do governo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
bloomberg@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar