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Plantio da SLC Agrícola cairá 1,9% em 2019/20 com atraso por chuvas

14 nov 2019, 10:41 - atualizado em 14 nov 2019, 10:41

 

A companhia, por outro lado, estima um aumento de 2% no plantio de algodão, para 126,2 mil hectares (Imagem: Daniel Acker/Bloomberg)

A SLC Agrícola (SLCE3), uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, estimou uma redução de 1,9% na sua área plantada na safra 2019/20, para 449,5 mil hectares, devido ao atraso do início das chuvas nos Estado do Mato Grosso e Maranhão.

A questão climática postergou o plantio da soja –cuja área cairá 3%, para 236 mil hectares– reduzindo o potencial do total plantado de milho safrinha, que acabará caindo 8,5% ante 2018/19, para 81,7 mil hectares.

A companhia, por outro lado, estima um aumento de 2% no plantio de algodão, para 126,2 mil hectares, de acordo com comunicado divulgado na noite de quarta-feira.

Em relação às produtividades para a próxima safra, a empresa estimou crescimento de 6,4% para o algodão (média 1ª e 2ª safras), 2,3% de aumento na soja e crescimento de 6% no milho 2ª safra.

“O cenário de clima para a próxima safra é de normalidade”, disse a SLC agrícola, citando relatório do NOAA, do governo dos EUA.

Dada essa combinação de fatores –área plantada, produtividade, custos e clima–, “nossas expectativas em relação à safra 2019/20 são positivas e estimamos manter um bom nível de rentabilidade para esse novo ano agrícola que se inicia”.

As informações foram publicadas no balanço financeiro do terceiro trimestre, no qual a companhia reportou prejuízo de 96,6 milhões de reais, ante lucro de 35,6 milhões de reais, uma vez que a companhia considerava uma produtividade maior do algodão no cálculo da variação do valor justo dos ativos biológicos.

Além disso, ao longo do terceiro trimestre, houve redução no preço do algodão, o que ocasionou uma revisão do cálculo também sob esse quesito.

Já o Ebitda ajustado do terceiro trimestre foi recorde, em 161 milhões de reais, com crescimento de 82,4% em relação ao mesmo período do ano passado, reflexo dos maiores volumes faturados e margens na soja e no milho.

Separadamente, a empresa ainda reportou que vendeu um total de 5.205 hectares (sendo 4.162 agricultáveis), por 83,2 milhões de reais, da Fazenda Parnaíba, localizada no município de Tasso Fragoso, no Maranhão.

A área vendida continuará sendo operada pela companhia, com pagamento de arrendamento a valor de mercado, disse a empresa, cujas terras totais estão avaliadas 3,86 bilhões de reais, apreciação de 3,4% sobre 2018, oferecendo um ganho líquido de 183,5 milhões de reais.

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