Popularidade de Lula não decola, mesmo com Trump, revela Datafolha

A popularidade do presidente Lula não melhorou, frustrando aliados que esperavam uma recuperação dos números após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Segundo a pesquisa divulgada neste sábado, 40% dos entrevistados classificam o governo como ruim ou péssimo, mesmo percentual do levantamento anterior.
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Já a avaliação positiva subiu apenas um ponto, de 28% para 29%. A avaliação regular caiu de 31% para 29%, e 1% não soube opinar.
O Datafolha ouviu 2.004 eleitores em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Na pergunta sobre o desempenho pessoal de Lula, também houve estabilidade: 50% dos entrevistados reprovam o presidente, enquanto 46% o aprovam.
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Havia a expectativa de que o confronto com Trump ajudasse Lula a reverter a acentuada queda na popularidade, iniciada no começo do ano.
O governo lançou campanhas na internet, destacando a soberania nacional, além de pronunciamentos no rádio e na TV.
Lula reagiu, chamando Trump de “imperador” indesejado e as sanções de “inaceitáveis”.
Em fevereiro, Lula atingiu um pico de 41% de desaprovação.
A pouco mais de um ano das eleições, as pesquisas indicam um cenário acirrado, com candidatos da direita aparecendo empatados ou numericamente à frente do petista.
Pesquisas divididas
Apesar do banho de água fria do Datafolha, outras pesquisas mostraram melhora da popularidade de Lula.
A aprovação do presidente superou a desaprovação pela primeira vez em nove meses, segundo pesquisa AtlasIntel/Bloomberg.
Se uma repetição da eleição presidencial de 2022 no Brasil fosse realizada nesta semana, 47,8% dos entrevistados votariam em Lula, contra 44,4% na pesquisa anterior, e 44,2% em Bolsonaro, ante 46%.
A pesquisa entrevistou 7.334 brasileiros adultos on-line entre 25 e 28 de julho. A pesquisa tem uma margem de erro de mais ou menos 1 ponto percentual.