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Por que a S&P Global deu B- para a Strategy, classificação equivalente a ‘empresa lixo’

28 out 2025, 9:35 - atualizado em 28 out 2025, 9:35
microstrategy bitcoin Labitconf
(Imagem: YouTube/Bitcoin Magazine)

A Strategy (antiga Microstrategy) foi classificada pela agência de risco S&P Global como “B-”, uma nota equivalente no mercado financeiro a uma “empresa lixo”, de acordo com uma publicação feita na noite da última segunda-feira (27). 

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Em linhas gerais, a S&P destaca o risco do negócio de encarteiramento de bitcoin (BTC), alta concentração da criptomoeda no caixa da empresa, o que gera uma baixa liquidez em dólares e um baixo capital ajustado ao risco. 

Por outro lado, esse risco de capital é compensado, apenas parcialmente, pelo forte acesso da empresa ao mercado de capitais e pela “gestão prudente” dos recursos. Esses pontos, no entanto, apenas conseguem reforçar a perspectiva de estabilidade da Strategy para um futuro próximo, segundo a S&P. 

“Devido à concentração da empresa em ativos em bitcoin, consideramos que o risco de cibersegurança está elevado. Se as chaves privadas das carteiras digitais forem perdidas, roubadas ou destruídas, a empresa poderá não conseguir acesso a parte dos seus bitcoins”, diz a publicação.

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A estratégia da Strategy

Os especialistas que assinam o relatório destacam também o que chamaram de “descasamento cambial inerente”. 

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Isso porque a empresa tem uma posição comprada em bitcoin e outra posição vendida em dólares americanos. No entanto, os vencimentos da dívida, os juros sobre a dívida da empresa e os dividendos sobre títulos preferenciais vencem em dólares, enquanto a Strategy detém principalmente a criptomoeda em caixa.

A empresa mantém algum caixa em dólares no balanço e utiliza esses valores para fins operacionais, mas reinveste o excedente em BTC, o que é visto como um risco a mais para o investidor.

“A concentração em bitcoin também expõe a Strategy a potenciais alterações regulamentares no tratamento do BTC que poderiam ser prejudiciais ao seu modelo de negócio”, escrevem os analistas.

Por último, a classificação B- também reflete a falta de geração de fluxo de caixa operacional da empresa. De acordo com o balanço mais recente, nos primeiros seis meses de 2025, o fluxo de caixa operacional foi negativo em US$ 37 milhões.

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A principal fonte de rendimentos da empresa é a valorização das participações em bitcoin. “Os seus ativos em bitcoin não geram fluxos de caixa e o seu negócio de software está aproximadamente no ponto de equilíbrio em termos de resultados e fluxo de caixa operacional”. 

Por fim, a S&P destaca que é improvável um aumento de rating nos próximos 12 meses.

Entretanto, no longo prazo, pode ocorrer uma melhora da avaliação se a empresa melhorar a liquidez em dólares americanos, se a Strategy reduzir a sua utilização de dívida conversível e se a empresa continuar a demonstrar forte acesso aos mercados de capitais, mesmo em momentos de estresse dos preços do bitcoin.

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É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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