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Por que ação da Vale (VALE3) está em 17 de 28 carteiras para agosto, mesmo após resultados fracos?

05 ago 2022, 18:37 - atualizado em 05 ago 2022, 18:37
Vale
Mesmo que os números do segundo trimestre tenham vindo abaixo do esperado, a Vale ainda tem boa geração de caixa e mantém a forte distribuição de dividendos, avalia PagBank (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Os resultados fracos da Vale (VALE3) não abalaram a confiança dos analistas em relação às ações. Em agosto, a mineradora segue como principal recomendação.

O nome está presente em 17 de 28 carteiras, superando com folga o segundo papel mais indicado para o mês.

Segundo o PagBank, mesmo que os números do segundo trimestre tenham vindo abaixo do esperado, a Vale ainda tem boa geração de caixa e mantém a forte distribuição de dividendos.

No mesmo dia em que os resultados foram divulgados, a Vale anunciou o pagamento de R$ 3,57 por ação em dividendos referentes ao primeiro semestre de 2022. A data de corte é 11 de agosto, e o pagamento será realizado em 1º de setembro.

Na avaliação da Ágora Investimentos, a queda recente das ações da Vale parece “exageradamente negativo”, visto que os preços do minério de ferro permaneceram resilientes no primeiro semestre do ano.

Além disso, acrescenta a corretora, uma recuperação na demanda por aço no terceiro trimestre e a expectativa de melhor lucratividade para as siderúrgicas devem oferecer suporte à commodity.

“Estimamos os preços do minério de ferro em uma média de US$ 140/tonelada em 2022 (contra US$ 130 anteriormente), corrigindo para US$ 110 em 2023 à medida que a oferta aumenta”, diz a Ágora.

A corretora acredita que os preços elevados do minério de ferro devem continuar sustentando a geração de caixa de US$ 16 bilhões e US$ 12 bilhões em 2022 e 2023, respectivamente, levando a uma forte remuneração aos acionistas de mais de 20%, entre dividendos e recompras de ações.

O Santander também está confiante com os níveis do minério de ferro a médio prazo, visto que a cadeia de suprimentos ainda conta com “persistentes desafios”.

Analistas do banco esperam ver os preços acima de US$ 100 a tonelada em 2023, levando em consideração:

  • a melhora na demanda chinesa a partir do segundo trimestre de 2022; e
  • o crescimento fraco da oferta nos próximos anos.

“Embora reconheçamos que a revisão baixista do guidance de produção de minério de ferro feita pela Vale pode manter seu desconto de valuation para os pares globais, continuamos a ver um ponto de entrada atraente para nossa tese de minério de ferro alto por mais tempo”, afirma o Santander.

Petroleiras no radar

Outras ações com exposição a commodities estão entre as favoritas dos analistas para agosto. Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO3) compõem o top 5 do mês, recebendo cada uma 11 indicações.

Mas é o bancão Itaú (ITUB4) que está na frente, citado em 13 carteiras diferentes.

Fechando a lista dos cinco papéis mais recomendados, a varejista de vestuário Lojas Renner (LREN3) apareceu em 10 carteiras. Analistas estão gradualmente voltando a ver atratividade em ativos com maior exposição ao mercado doméstico.

Empresa Ticker Indicações
Vale VALE3 17
Itaú Unibanco ITUB4 13
PetroRio PRIO3 11
Petrobras PETR4 11
Lojas Renner LREN3 10

Levantamento

O levantamento do Money Times foi realizado com base em informações de carteiras recomendadas divulgadas por 28 instituições. Para agosto, foram indicadas 97 ações, somando 283 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora InvestimentosAtiva InvestimentosBB Investimentos, Benndorf, BTG Pactual, CM Capital, ElevenEliteEmpiricus, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Inter, InvItaú BBA, Mirae Asset, MyCapModalmaisNova FuturaÓrama, Planner, RB Investimentos, Banco Safra, SantanderTerra InvestimentosToroWarrenPagBankVitreo.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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