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Por que esta construtora virou a nova ‘queridinha’ dos bancos

16 dez 2025, 11:12 - atualizado em 16 dez 2025, 11:12
construção - imóveis - ações
BBI, BofA e Safra destacam valuation atrativo da Tenda (TEND3), mesmo com desafios na Alea e guidance conservador para 2026 (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

A Tenda (TEND3) segue com valuation atrativo, com a ação negociando a um múltiplo preço/lucro (P/L) de 5,4 vezes, bem abaixo de pares como Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3), que operam em torno de 8,5 vezes, segundo avaliação do Bradesco BBI.

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Em relatório, os analistas Bruno Mendonça e Wellington Lourenço destacaram que a construtora mantém uma trajetória operacional positiva. Ela é sustentada por forte execução, geração de caixa consistente e apoio de fatores regulatórios.

A visão da dupla foi reforçada após o Investor Day, evento realizado pela companhia com investidores e a participação da alta administração na última sexta-feira (12).

No encontro, a Tenda reiterou uma leitura construtiva para o seu negócio principal, enquanto reconheceu que a Alea, divisão do grupo focada em unidades pré-fabricadas, segue enfrentando um ambiente mais desafiador.

Para 2026, a empresa projeta um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) entre R$ 950 milhões e R$ 1,05 bilhão no segmento tradicional. Já a Alea deve registrar Ebitda negativo entre R$ 70 milhões e R$ 50 milhões.

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No consolidado, a estimativa é de lucro líquido entre R$ 520 milhões e R$ 600 milhões para os próximos 12 meses, número que fica cerca de 14% abaixo da projeção do Bradesco BBI.

Ainda assim, o banco avalia que as margens devem seguir apoiadas por fatores regulatórios, como a Reforma Tributária, além dos programas de subsídio, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que favorecem o mercado de habitação popular.

Exposição ao MCMV

No portfólio de produtos, a Tenda vem aumentando a exposição à faixa 3 do MCMV, que abrange famílias com renda bruta mensal de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil.

Segundo o BBI, a construtora pretende direcionar 30% dos lançamentos futuros para essa faixa ao mesmo tempo que mantém a liderança na faixa 1 (renda familiar mensal de até R$ 2.850,00), com 50% de participação de mercado e preços 23% abaixo dos concorrentes.

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A queridinha do BofA

A Tenda também recebeu recentemente um reforço positivo do Bank of America (BofA), que elevou a recomendação da ação de underperform (equivalente à venda) para compra e apontou a companhia como sua principal escolha no setor de construção.

De acordo com o banco norte-americano, os papéis da empresa são negociados com um desconto excessivo em relação aos pares, o que resulta em um perfil de risco-retorno mais atrativo.

Além disso, para os analistas, o bom momento operacional da construtora deve compensar, no curto prazo, os impactos negativos da Alea.

A casa também destacou a geração de caixa consistente, a trajetória contínua de desalavancagem e a expansão do lucro como pilares que sustentam a tese de investimento.

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De acordo com o BofA, o papel TEND3 opera a cerca de 4 vezes o lucro estimado para 2027, abaixo da média de 6,5 vezes do setor.

Tenda no caminho certo

Em outro relatório, o analista Rafael Rehder, do Safra, também apontou que “o core business da Tenda permanece firmemente no caminho certo”, com aceleração da trajetória de desalavancagem em meio a uma perspectiva de melhora do lucro, com ROE projetado de 39% para 2026.

Segundo ele, embora o guidance para o ano que vem tenha decepcionado um pouco as estimativas de consenso, o número reflete premissas mais conservadoras.

O banco segue com recomendação de compra para a construtora, destacando o P/L estimado de 5,4 vezes para 2026, o mais baixo de seu universo de cobertura.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.

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