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Por que o Brasil produz menos carne que os EUA mesmo com mais que o dobro do gado?

01 out 2025, 15:15 - atualizado em 01 out 2025, 15:16
boi carne bovina gado
(iStock.com/Leonidas Santana)

Apesar de contar com o segundo maior rebanho bovino do planeta, com cerca de 238,2 milhões de cabeças, o Brasil produziu 10,91 milhões de toneladas de carne bovina em 2024. Um recorde para o país, mas que ficou atrás dos cerca de 11,6 a 12,3 milhões de toneladas dos Estados Unidos — que possui com 86,7 milhões de cabeças.

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Mas o que explica essa diferença?

A resposta simples fica para a produtividade. Nos EUA, há dois indicadores que diferenciam a pecuária norte-americana em relação à brasileira: peso de carcaça maior e desfrute do rebanho mais elevado, uma razão entre abates e tamanho do rebanho.

Segundo Hyberville Neto, da HN Agro, os animais são abatidos em uma idade mais jovem, isso porque o período de recria é bastante reduzido ou até inexistente, com os animais levados diretamente para o confinamento. A prática permite um maior número de abates por ano em relação ao tamanho do rebanho.

“Esses animais são abatidos com um peso médio maior que no Brasil”, explica.

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O DDG pode mudar o jogo para carne?

O debate sobre as diferenças de produtividade entre Brasil e EUA foi um dos temas abordados durante o Minerva Foods (BEEF3) Day que ocorreu na última terça-feira (30). E o DDG (Grãos Secos de Destilaria), subproduto da produção de etanol de milho, que pode ser usado na alimentação animal, surge como um dos fatores que pode reduzir esse gap produtivo.

Perguntado pelo Money Times, o consultor da MB Agro e conselheiro da Minerva, Alexandre Mendonça de Barros, disse que o DDG não é o único fator responsável por essa lacuna de produtividade e que isso também passa por questões como aumento do número de bezerros desmamados, elevação do índice de prenhez e nutrição de qualidade.

“O DDG entra, na minha visão, na hora que preciso acelerar essa terminação ou numa vaca ficou magra. Ou qualquer animal que eu queira engordar, assim como eu engordo em confinamento. Isso que faz a diferença, e ele é um produto muito fácil de ser usado. Nesse sentido que eu acho que ele é um divisor de águas, porque o animal passa a ganhar de 400 g para 1,6 kg por dia”.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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