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Por que o dólar caminha para a maior alta desde setembro?

28 fev 2023, 15:34 - atualizado em 28 fev 2023, 15:58
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Dólar opera em alta no último pregão do segundo mês do ano e caminha para fechar fevereiro com valorização (Imagem: Pixabay/geralt)

O dólar à vista opera em alta no último pregão de fevereiro, nesta terça-feira (28), chegando a flertar com o nível de R$ 5,25.

Na primeira parte dos negócios, o movimento da moeda norte-americana foi ditado pela disputa de preço da taxa Ptax – média das cotações apuradas pelo Banco Central (BC) – de fim de mês. O que provocou volatilidade na taxa de câmbio no mercado doméstico.

Com isso, por volta das 16h (de Brasília), o dólar tinha alta de 0,5% frente ao real, negociado acima de R$ 5,22 para venda. Já o contrato futuro do dólar com vencimento em abril tinha ligeira alta de 0,04%, perto de R$ 5,21.

Enquanto lá fora, o Dollar Index (DXY) operava volátil, mas com ligeira alta de 0,07%, aos 104,7 pontos.

Por que o dólar sobe?

A clássica disputa pela formação da Ptax, segundo o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, foi “equilibrada”, resultando em “empate técnico” entre comprados e vendidos.

Após a formação da taxa, investidores voltaram a acompanhar o assunto do dia que é a reoneração dos combustíveis, após a confirmação do Ministério da Fazenda ontem.

O analista de inteligência de mercado da StoneX, Leonel Mattos, destaca que o mercado doméstico repercute a decisão da pasta e aguarda a oficialização das alíquotas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O movimento não deixa de respingar no dólar, diz.

Haddad tem uma coletiva de imprensa prevista para hoje, às 17h, para anunciar a reoneração dos impostos federais para gasolina etanol.

Entretanto, segundo o comentarista da GloboNews, Valdo Cruz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu junto com a equipe econômica e o Ministério de Minas e Energia voltar com a cobrança de 75% de tributos sobre a gasolina e de 21% sobre etanol a partir de amanhã (1º de março).

Maior alta desde setembro

Em mês marcado pela volta do funcionamento do Congresso Nacional e do funcionamento pleno das instituições públicas, o dólar viveu um misto de precificar o cenário político e passar por uma correção técnica.

Em janeiro, a moeda estrangeira recuou 4% e, este mês, caminha para devolver parte dessas perdas e pode subir perto de 3%. Se confirmada, será a maior alta percentual do dólar desde setembro de 2022.

Em meio ao mês mais curto com o Carnaval e marcado por uma forte saída de investidores estrangeiros da Bolsa brasileira, o dólar também reagiu aos conflitos entre Lula e o Banco Central.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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