Money Times Entrevista

Entenda o que está por trás da queda do IFIX em julho; especialistas apontam oportunidades para os investidores

22 jul 2025, 12:26 - atualizado em 22 jul 2025, 12:26
Queda FIIs IFIX
Entenda o que está por trás da queda do IFIX em julho (Imagem: iStock/coffeekai)

O IFIX, índice que acompanha o desempenho dos fundos imobiliários negociados na B3, tem registrado perdas consecutivas em meio a um cenário de maior cautela dos investidores brasileiros.

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Após encerrar o primeiro semestre em alta, o indicador sofre em julho e registrou, na segunda-feira (21), retração pelo quinto pregão seguido.

Em entrevista ao Money Times, o analista de FIIs da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araújo, destaca que o movimento não é específico do setor imobiliário, mas sim reflexo de uma aversão ao risco que permeia o mercado doméstico como um todo.

“Envolve o conflito entre os poderes, tarifas dos Estados Unidos, projeções para as eleições de 2026 e questões fiscais”, afirma.

Ele relembra que o Ibovespa, índice da Bolsa de Valores brasileira, também apresentou queda significativa nos últimos 15 dias diante do aumento da cautela dos investidores.

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Dados do Investing mostram que, no acumulado das últimas duas semanas, o principal indicador da B3 recuou 5%, ao sair de 139.490 para 134.167 pontos.

No mesmo período, o IFIX passou de 3.491,69 pontos — próximo à máxima histórica — para 3.443,94, uma queda de 1,5%. Apesar disso, desde o início de 2025, o índice acumula alta superior a 10%.

Taxação dos FIIs

Questionado sobre o impacto da possível taxação dos dividendos a partir de 2026, Caio ressalta que esse risco já era conhecido desde junho e, portanto, não explica a recente pressão sobre os fundos imobiliários.

No início do mês passado, o governo federal publicou uma Medida Provisória (MP) que propõe tributar em 5% os rendimentos dos FIIs e Fiagros, até então isentos.

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As regras ainda precisam passar pelo Congresso Nacional, onde enfrentam resistência, e, caso aprovadas, entram em vigor a partir de janeiro do ano que vem.

IFIX em queda: janela de oportunidades

Apesar do cenário desafiador, o analista enxerga oportunidades em praticamente todos os segmentos da indústria, especialmente nas lajes corporativas, que continuam sendo as mais descontadas.

“Pode haver volatilidade no curto prazo, mas encontramos descontos em praticamente todos os setores neste momento. É importante fazer uma seleção criteriosa”, afirma.

Momentos de incerteza exigem diversificação

Adriana Ricci, fundadora e head de operações da SHS Investimentos, também reforça a importância da diversificação em momentos de incertezas globais e domésticas.

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“Diversificar não é sobre apostar em tudo, é sobre não depender de um único ativo para alcançar os objetivos. Quando a Bolsa balança, a renda fixa segura. Quando o dólar sobe, o ouro pode equilibrar. Quando um setor encolhe, outro pode surpreender”, explica.

Segundo ela, cada investimento tem seu comportamento e é da combinação inteligente entre eles que nasce a resiliência da carteira.

Na opinião da especialista, os fundos imobiliários seguem sendo uma boa porta de entrada para diversificação, especialmente por gerarem renda mensal, terem ainda a isenção de IR para pessoas físicas e acompanharem setores reais da economia, como logística, escritórios e shoppings.

“Uma boa pedida agora são os FIIs de galpões ou recebíveis (papéis), que se beneficiam de contratos atrelados à inflação (IPCA) ou ao CDI, que estão altos”, avalia.

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
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