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Por que o Nordeste é a ‘bola da vez’ no mercado de imóveis?

21 out 2023, 8:00 - atualizado em 20 out 2023, 18:30
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Empresas e fundos de investimentos estão cada vez mais mirando o canhão e explorando imóveis na região Nordeste (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

Seja residencial, para o setor hoteleiro ou galpões logísticos, o Nordeste é a bola da vez quando o assunto é imóveis.

Isso é cada vez mais latente quando empresas ligadas à avenida Brigadeiro Faria Lima, símbolo do mercado financeiro brasileiro, começa a mirar o canhão para um dos nove estados que compõem a região.

Aliás, fundos de investimentos e empresas listadas na B3 – a Bolsa brasileira -, não apenas estão com o canhão mirado para o Nordeste como já fincaram o pé por lá.

Uma dessas empresas é a Log Commercial (LOGG3), que tem galpões logísticos em seis estados da região.

Em evento destinado a investidores, analistas de mercado e jornalistas, a Log apresentou o plano de expansão entre 2025 e 2028, no qual pretende atingir 400 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) em seu portfólio.

Em entrevista ao Money Times, o CEO da companhia, Sérgio Fischer, disse que um terço desse plano será feito no Nordeste.

“É uma região carente de infraestrutura de qualidade. Lá tem uma demanda absurda, preços próximos de São Paulo. Estou muito animado com o Nordeste”, disse.

Fischer comenta que galpões logísticos de classe A, foco da Log, tem demanda alta “nessas praças”, uma vez que grandes empresas já operam no local. Porém, precisam de condomínios logísticos de qualidade. Uma dessas empresas é a Ambev, cliente da Log.

O executivo reforçou que o Nordeste tem sido muito relevante para a companhia nos últimos anos, tanto é que concentra quase 30% das operações da empresa de logística. Desta forma, parte dos planos de crescimento da Log para os próximos anos está focado na região.

“Temos obra em Natal, em Salvador, em Fortaleza, negócio em João Pessoa, Aracaju, no interior da Bahia. Nossos clientes pedem projetos de qualidade nessas praças”, acrescentou o executivo, dizendo que um dos maiores ativos da Log Commercial, em ABL, está na capital baiana.

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Fundos querem investir no Nordeste, de olho no ESG

Com o Nordeste de vez na rota dos investimentos, recentemente, a XP lançou um fundo imobiliário para financiar um projeto na praia do Preá, ao lado de Jericoacoara, no Ceará.

O projeto está sendo desenvolvido com o grupo do ramo imobiliário Carnaúba e, em agosto, fez uma operação para captar até R$ 200 milhões. Os recursos serão usados para desenvolver projetos já em construção na região, como condomínios de luxo, de classe média e popular.

Paralelamente, o grupo quer desenvolver um empreendimento que contará com quatro hotéis no Preá, até 2033. O pioneiro deverá ser um resort, previsto para ser inaugurado em 2026.

Além disso, a aposta do FII XP Grupo Carnaúba é o turismo planejado e responsável, com ares de sustentabilidade. Por isso, o fundo quer potencializar o desenvolvimento imobiliário na região, conhecida como ‘meca’ para praticantes de kitesurf.

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Praia do Preá, no Ceará (Foto: Divulgação/Grupo Carnaúba)

O entorno de Jericoacoara tem atraído fundos imobiliários. Outro que vem investindo na região é o Vectis Juros Real Estate (VCJR11).

O FII da Vectis Gestão investiu na Fazenda Moréias, no munícipio de Camocim, a 70 quilômetros do aeroporto de Jericoacoara. O investimento deve-se, segundo o fundo, à importância do projeto a longo prazo para a região.

A Fazenda Moréias é um empreendimento desenvolvido exclusivamente com instalações off-grid (sistema autônomo) e conectados com a natureza. Segundo a Vectis, a geração de energia é feita por placas solares com armazenamento em banco de baterias, sendo um sistema limpo para o meio ambiente.

Além disso, a água é captada em poços artesianos e processada em uma estação de tratamento onde é filtrada e desinfetada. Há também sistema de tratamento dos efluentes domésticos, o que permite a reutilização da água na irrigação.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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